
O que você faria se descobrisse que políticos aprovaram milhões para pagar contas de festas que já acabaram? Pois é exatamente isso que aconteceu no coração do poder distrital.
Os deputados do Distrito Federal — pasmem — liberaram nada menos que R$ 52 milhões para bancar eventos culturais que, veja só, já tinham sido realizados. Sim, você leu certo: festivais que já eram passado ganharam verba do presente.
O pulo do gato orçamentário
Os documentos oficiais, aqueles que normalmente ninguém lê, trazem justificativas que beiram o criativo. Falam em 'uso emergencial' — emergência para quê, se tudo já aconteceu? — e 'pedido de recomposição orçamentária'. Soa técnico, mas na prática significa tapar buraco com dinheiro novo.
E os valores não são qualquer mixaria. Estamos falando de R$ 52 milhões que poderiam estar sendo usados em saúde, educação ou segurança. Mas preferiram direcionar para quitar dívidas de eventos passados.
O timing perfeito — ou imperfeito?
Aqui mora o detalhe mais curioso: a aprovação aconteceu em 1º de outubro de 2025, mas os eventos em questão já tinham virado história. É como comprar ingresso para um show que você assistiu na semana passada.
Os distritais, claro, devem ter suas explicações. Sempre têm. Mas a pergunta que não quer calar: isso é gestão pública ou é má gestão mesmo?
E o contribuinte nessa história?
Enquanto isso, o cidadão comum continua pagando impostos que viram esse tipo de manobra. O dinheiro público, que deveria ser sagrado, vira moeda de reposição para eventos culturais já realizados.
O caso levanta questões importantes sobre transparência e prioridades. Será que não havia maneira mais regular de fazer isso? Ou será que a emergência foi inventada para justificar o injustificável?
Uma coisa é certa: o contribuinte merece explicações melhores que 'uso emergencial' para eventos do passado. Muito mais que isso, merece saber por que seu dinheiro está sendo usado para pagar contas antigas em vez de investir no futuro.