Tragédia em MG: Corpo de Adolescente Encontrado Após Afogamento em Córrego
Corpo de adolescente é encontrado após afogamento em MG

O silêncio que pairava sobre as margens do Córrego da Onça finalmente foi quebrado nesta segunda-feira, mas não da maneira que todos esperavam. Após três longos dias de uma busca que consumiu a esperança de uma família inteira, o corpo do adolescente de 16 anos foi encontrado nas mesmas águas que há poucos dias levaram seu primo de 17.

Parece que foi ontem — sábado à tarde, um dia comum que se transformaria em pesadelo. Os dois primos, unidos pelo sangue e pela infância, resolveram se refrescar no córrego que corta a zona rural de Arcos. Quem poderia imaginar que um momento de descontração se tornaria uma das maiores tragédias familiares já vividas naquela comunidade?

As Horas que Pareciam Eternas

O Corpo de Bombeiros não mediu esforços. Homens dedicados, com expressões sérias e determinação nos olhos, vasculharam cada centímetro daquelas águas turvas. Mergulhadores experientes desceram repetidamente, enquanto familiares e amigos observavam da margem, cada minuto parecendo uma eternidade.

Enquanto isso, a notícia se espalhava pela cidade como fogo em campo seco. Vizinhos se reuniam, orações eram sussurradas, e aquela sensação angustiante de impotência tomava conta de todos. "É como se o tempo tivesse parado aqui", comentou um morador local, visivelmente abalado.

O Encontro Amargo

Por volta das 14h30 de segunda-feira, o que restava das esperanças se materializou da forma mais dolorosa possível. O corpo do jovem foi localizado a aproximadamente 1,5 km do local do acidente — uma distância que, nas circunstâncias, parecia um abismo intransponível.

Os peritos criminais compareceram ao local para os procedimentos de praxe, mas todos sabiam: aquela era uma cena de tragédia, não de crime. O IML foi acionado, e o corpo encaminhado para exames que, francamente, parecem apenas uma formalidade burocrática diante de tanta dor.

Uma Comunidade em Luto

Arcos, aquela cidade mineira que normalmente vive no ritmo tranquilo do interior, hoje chora a perda de dois jovens que tinham a vida inteira pela frente. Restaurantes fecharam mais cedo, conversas nas calçadas são sussurradas, e o peso da tristeza é palpável no ar.

E agora? Agora resta o consolo — se é que existe consolo possível — de que os dois primos estão juntos novamente. E que uma família, dilacerada pela perda, pode finalmente começar seu doloroso processo de despedida.

Que descansem em paz, esses dois jovens que partiram cedo demais.