
Quatro meses. É o tempo que separa Belém do maior evento ambiental do planeta — a COP30. E olha, a coisa tá feia. Trinta obras essenciais ainda estão no meio do caminho, entre reformas, construções e adaptações. O relógio não para, mas as britadeiras, essas parecem que resolveram tirar uma soneca.
Dá pra acreditar? Enquanto o mundo todo vai estar de olho no Brasil — de novo — a capital paraense parece que tá jogando futebol no molhado. Alguns canteiros de obra mais parecem cenário de filme pós-apocalíptico do que preparação para um evento global.
O que está em jogo?
Não é só questão de imagem — embora, convenhamos, passar vergonha internacional já virou moda brasileira. O problema é que:
- Hotéis em obras podem significar falta de hospedagem
- Estruturas de transporte incompletas = caos urbano garantido
- Centros de convenções meia-boca comprometem toda a logística
E tem mais: algumas dessas obras são justamente aquelas que deveriam mostrar nosso compromisso com a sustentabilidade. Ironia? Tragicomédia? Você escolhe o gênero.
E os prazos?
Ah, os famosos "tá quase". Todo mundo sabe como termina essa história. Entre promessas oficiais e a realidade dos canteiros de obra, existe um abismo — e não, não é metafórico, é literalmente um buraco na rua em frente ao futuro centro de imprensa.
Os responsáveis juram de pés juntos que tudo ficará pronto a tempo. Mas entre o dito e o feito... bem, todo brasileiro conhece o resto. O que me faz pensar: será que dessa vez vai ser diferente? Ou vamos repetir o roteiro de sempre?
Enquanto isso, Belém respira poeira de construção e expectativa. O mundo chega em novembro. A cidade precisa correr — e não no sentido figurado.