
A instituição filantrópica Cândido Ferreira, referência em saúde mental na região de Campinas, anunciou um plano de demissão de 114 funcionários entregue à Prefeitura Municipal. A medida drástica surge como resposta à falta de reajuste contratual após 14 anos, em um cenário de crise financeira que ameaça a sustentabilidade da organização.
Corte de gastos inevitável
Segundo documentos apresentados à administração municipal, a entidade prevê economizar R$ 1,7 milhão mensais com a redução de pessoal. O diretor-presidente Marco Antônio de Campos destacou que as demissões representam "último recurso para preservar serviços essenciais" após esgotarem alternativas como cortes em outras áreas operacionais.
Impacto nos atendimentos
A instituição, que atende cerca de 3.000 pacientes mensais no SUS, garante que manterá 100% dos leitos psiquiátricos e 85% dos serviços ambulatoriais. Porém, especialistas alertam para possíveis prejuízos:
- Aumento de filas de espera
- Sobrecarga nos profissionais remanescentes
- Risco de redução na qualidade do atendimento
Prefeitura analisa situação
A Secretaria Municipal de Saúde informou que avalia o plano apresentado e busca soluções conjuntas, mas não detalhou possíveis medidas de apoio. O caso reacende o debate sobre o subfinanciamento crônico da saúde mental no país.