Uma situação de emergência médica dentro de um ônibus escolar foi controlada graças à rápida ação e sangue-frio de dois irmãos estudantes. O incidente ocorreu na manhã do dia 19 de dezembro, na cidade de Ashland, no estado norte-americano de Ohio.
O alerta da irmã mais nova
Catrina, uma menina de apenas 8 anos, foi a primeira a perceber que algo não estava bem. Sentada na parte da frente do veículo, ela notou que a condutora do ônibus apresentava um comportamento estranho. Ao perguntar se a mulher estava bem, a motorista apenas balançou a cabeça, confirmando que não se sentia bem.
Sem hesitar, Catrina correu para avisar seu irmão mais velho, Charlie, de 14 anos, e os outros alunos da Crestview Local Schools. "Corri até ela e perguntei: 'O que está acontecendo?'. Ela apontou para a garganta, então fui correndo até o fundo do ônibus e chamei os alunos mais velhos", relatou a garota à ABC News 5.
Com o veículo descendo uma ladeira, a pequena Catrina tomou uma atitude crucial: puxou o freio de mão do ônibus, garantindo que o veículo parasse com segurança.
A calma e a ação do irmão mais velho
Charlie, ao ser alertado pela irmã, assumiu a responsabilidade de pedir ajuda. Ele usou o rádio do próprio ônibus para entrar em contato direto com a escola. "Precisamos de ajuda. A motorista do ônibus não está respirando", disse o adolescente, transmitindo a gravidade da situação.
Em meio ao susto, Charlie tentou manter a calma e também cuidar dos colegas mais novos. "Tentei manter as crianças calmas e garantir que não entrassem em pânico, levando-as para a parte de trás do ônibus", explicou. Ele admitiu que o momento foi assustador, mas sua postura foi fundamental para evitar o caos.
Uma equipe de pequenos heróis
O superintendente do distrito escolar, Jim Grubbs, revelou posteriormente que os irmãos não estavam sozinhos. Uma aluna do 8º ano, chamada Kali, também teve um papel importante. Ela ajudou a orientar os estudantes a se manterem no fundo do veículo e foi quem ligou para o número de emergência 112 para solicitar socorro profissional.
Graças à ação coordenada das crianças, a motorista foi rapidamente atendida e transportada para um hospital. O distrito escolar organizou a chegada de outro condutor para levar as crianças com segurança aos seus destinos.
A mãe dos irmãos, Tiffany Erwin, não escondeu o orgulho. "Fiquei muito orgulhosa. Foi uma sensação avassaladora de alegria. Fiquei feliz por meus filhos terem conhecimento e saberem o que fazer para ajudar alguém, para salvar a vida de alguém", declarou emocionada.
Catrina, com a sensibilidade típica de sua idade, compartilhou um sentimento de empatia. Ela disse que a motorista "precisa estar com a família, para que possam animá-la e lhe dar abraços". O episódio serve como um poderoso exemplo de como o heroísmo e a presença de espírito não têm idade.