Ilha do Campeche terá nova regra e taxa de R$ 15 na temporada 2025/2026
Nova regra e taxa para visitar a Ilha do Campeche em 2025

A temporada de verão 2025/2026 na paradisíaca Ilha do Campeche, em Florianópolis, será marcada por uma mudança significativa na forma de acesso. A partir de agora, para visitar o local conhecido como 'Caribe catarinense', será obrigatória a emissão de uma autorização individual pelo site oficial e o pagamento de uma taxa de R$ 15 por pessoa.

Nova Gestão e Regras de Acesso

Esta será a primeira temporada sob a gestão direta da Prefeitura de Florianópolis, após a criação do Monumento Natural Municipal da Ilha do Campeche em agosto. A nova unidade de conservação possui 51 hectares e fica a 1,5 km da costa. Anteriormente, a administração era feita pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em um processo mediado pela Justiça Federal.

O bilhete virtual, que deve ser adquirido previamente, informará a data da visita e o meio de transporte escolhido. O objetivo é organizar e controlar o fluxo de turistas, limitando o acesso a 800 pessoas por dia. O horário de visitação será fixado entre 9h e 17h.

Como Funcionará a Distribuição de Vagas

As 800 vagas diárias serão distribuídas entre diferentes modalidades de acesso. Quem optar por embarcações próprias, como caiaques, pranchas de stand-up paddle ou mesmo natação, terá direito a 120 autorizações. O restante será dividido entre associações credenciadas:

  • Associação dos Pescadores Artesanais da Praia da Armação (APAAPS): 410 vagas.
  • Associação Couto de Magalhães de Preservação da Ilha do Campeche (ACOMPECHE): 62 vagas.
  • Associação dos Barqueiros da Praia do Campeche (ABTC): 73 vagas.

Os visitantes que escolherem o transporte via associações pagarão, além da taxa de R$ 15, o valor do passeio, que varia conforme cada entidade. A orientação é consultar diretamente as associações para saber os preços atualizados.

Proibições e Medidas de Preservação

Para proteger o frágil ecossistema da ilha, uma série de regras foram estabelecidas. Fica proibida a venda de caiaques, pranchas, boias ou qualquer equipamento recreativo no local. Também não será permitida a oferta de serviços ou produtos, exceto os já autorizados pelo Termo de Ajuste de Conduta (TAC) de 2021.

Outra proibição importante é o uso de caixas de som e qualquer equipamento sonoro nas praias e áreas marinhas próximas. Os transportadores têm a obrigação de informar aos visitantes quais trilhas estão abertas e manter contato com os monitores ambientais. Além disso, devem orientar sobre as regras de descarte de resíduos e os itens proibidos, como animais (exceto cães-guia), plantas e equipamentos que possam causar poluição.

A visitação poderá ser suspensa em caso de mau tempo, ausência de monitores ou por determinação do Instituto Ilha do Campeche. A fiscalização será reforçada com o uso de drones e equipes em campo. "Isso nos permite acompanhar de perto todas as atividades. Além disso, o bilhete virtual facilita o controle de acesso, evitando superlotação e garantindo que as cotas diárias sejam respeitadas", afirmou Alexandre Waltrick, secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Um Patrimônio Natural e Histórico

Mais do que um destino de beleza natural com areia branca e águas cristalinas em tons turquesa, a Ilha do Campeche é um importante patrimônio. Ela foi declarada Área de Preservação Permanente (APP) em 1985, tombada pelo Iphan em 2000 e regulamentada pela portaria nº 691/2009.

Com cerca de 1,6 km de comprimento e 500 metros de largura, a ilha situada em frente à Praia do Campeche abriga a maior concentração de oficinas líticas e gravuras rupestres do litoral brasileiro, além de um impressionante monolito com aproximadamente 9 metros de altura. As novas regras visam justamente equilibrar a visitação turística com a preservação desse tesouro histórico e ambiental de Santa Catarina.