O aluguel do Centro de Convenções Centenário da Assembleia de Deus, localizado em Belém do Pará, para eventos da COP30 desencadeou uma onda de indignação entre fiéis evangélicos. A revelação do contrato e as imagens que circularam nas redes sociais provocaram reações intensas, com centenas de comentários críticos no perfil do Instagram do local.
Protesto nas redes sociais
Entre os críticos mais veementes está o pastor Marcelo Campelo, que realizou uma série de publicações contundentes após a divulgação de vídeos mostrando o espaço com estandes decorados e apresentações com danças. O religioso classificou a cena como "a pura profanação contra o sagrado".
Em suas declarações, o pastor fez uma analogia bíblica, comparando a situação à visão do profeta Ezequiel: "Faz parte de uma visão profética em que Ezequiel é transportado para o interior do Templo de Jerusalém e testemunha a corrupção espiritual do povo e de seus líderes, que haviam introduzido a adoração a ídolos dentro do local sagrado. Altar não é palco".
Relatos de "show de terror"
Nas publicações subsequentes, Campelo descreveu o evento como um "show de terror" no Centenário. Ao compartilhar uma imagem de comentário que mencionava "tomar tanta cachaça dentro de uma igreja", o pastor afirmou que os banheiros do centro de convenções estavam "cheio de macumba e de cigarros".
As imagens que circularam nas redes sociais irritaram profundamente evangélicos e frequentadores da igreja. Muitos manifestaram que o espaço deveria ser reservado exclusivamente para finalidades religiosas, conforme sua consagração original.
Reação dos fiéis
Um seguidor expressou no Instagram da Assembleia de Deus: "O culto sendo em uma tenda chega a ser bizarro depois da igreja com oferta dos irmãos construir um centro de convenções grande que foi consagrado para realizar cultos a Deus sendo usado pra festa pagã".
O Centro de Convenções Centenário funcionava como Pavilhão do Pará até sexta-feira, 21 de novembro de 2025, data da última atualização desta notícia. A situação continua gerando debates acalorados sobre o uso de espaços religiosos para eventos seculares de grande porte como a COP30.