Evangélicos reagem contra escultura chinesa na COP30 em Belém
Evangélicos criticam presente da China na COP30

Uma escultura oferecida pela China ao Brasil durante a COP30 tornou-se alvo de críticas por parte de grupos evangélicos nas redes sociais. A obra artística, que representa a união entre os símbolos culturais dos dois países, foi apresentada como um gesto de cooperação na agenda climática global.

A polêmica obra

A escultura intitulada "Espírito Guardião Dragão-Onça" é criação da artista chinesa Huang Jian, embaixadora de arte olímpica do Comitê Olímpico Internacional. A obra foi apresentada publicamente no domingo, 16 de novembro de 2025, na área da Freezone Cultural Action, localizada na Praça da Bandeira.

A peça combina dois importantes símbolos culturais: o dragão chinês, que representa sorte, riqueza e renascimento, e a onça-pintada, animal emblemático da Amazônia. Esta fusão artística foi concebida para simbolizar a proteção da floresta tropical e a colaboração entre China e Brasil nas questões ambientais.

Reações nas redes sociais

Nas plataformas digitais, especialmente em páginas religiosas do Instagram, a obra tem recebido duras críticas de usuários evangélicos. Os comentários em vídeos que mostram a escultura revelam uma reação negativa significativa.

"O Brasil é do Senhor Jesus", escreveu uma internauta em tom de protesto. Outro seguidor foi mais direto: "Pode levar de volta! Obrigado!". Um terceiro comentário, que alcançou mais de 2 mil curtidas, declarou: "Está repreendido em nome de Jesus Cristo".

Contexto e significado

A apresentação da escultura ocorreu durante a COP30, conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas que está sendo realizada no Brasil. O presente da China foi idealizado como um símbolo da proteção ambiental e da parceria entre as duas nações no combate às mudanças climáticas.

A artista Huang Jian é uma figura reconhecida internacionalmente, com trabalhos que já representaram valores olímpicos em outras ocasiões. Sua obra busca estabelecer pontes culturais através da arte, combinando tradições diferentes em prol de uma causa comum.

A polêmica ilustra o choque entre diferentes visões de mundo que pode ocorrer quando símbolos culturais e religiosos se encontram em eventos globais. Enquanto alguns veem na obra uma mensagem de união e proteção ambiental, outros interpretam como uma intrusão de elementos culturais que conflitam com suas crenças religiosas.