Dom Pedro Cunha Cruz assume Diocese de Nova Friburgo em cerimônia histórica com fiéis emocionados
Dom Pedro Cunha Cruz assume como bispo de Nova Friburgo

Nova Friburgo viveu nesta quarta-feira, 27 de agosto, um daqueles dias que ficam gravados na memória coletiva. O clima? Uma mistura peculiar de solenidade e alegria contida, algo típico de cerimônias que transcendem o mero protocolo.

A Catedral de São João Batista, com sua arquitetura imponente, testemunhou o momento histórico: dom Pedro Cunha Cruz assumindo oficialmente como bispo da diocese. E olha, não foi apenas mais uma posse eclesiástica – foi um evento que mexeu com o coração da comunidade.

Uma cerimônia que emocionou

O que mais chamou atenção, além obviamente do protagonista, foi a atmosfera genuína de esperança. Fiéis lotaram o espaço, muitos sequer conseguiram assentos, mas permaneceram em pé com uma paciência que só a fé explica. Havia idosos com rosários entrelaçados nos dedos, famílias inteiras, jovens… uma verdadeira tapeçaria humana.

Durante a homilia, dom Pedro não leu um discurso engessado. Falou com o coração, mencionou os desafios contemporâneos da igreja e, principalmente, enfatizou seu compromisso com a acolhida e o serviço à comunidade. "Não vim para ser servido, mas para servir" – e a frase, embora não seja nova, soou incrivelmente fresca e sincera naquela manhã.

O peso (e a leveza) da mitra

Assumir uma diocese não é tarefa simples, ainda mais numa região como a serrana fluminense, que carrega suas particularidades sociais e econômicas. O novo bispo chega com uma bagagem respeitável – sua trajetória anterior fala por si – mas é sempre um salto no escuro. Uma aposta e tanto.

Representantes de outras paróquias da região marcaram presença, num gesto claro de comunhão. Isso me fez pensar: em tempos de tantas divisões, ver uma instituição mantendo sua coesão interna é, no mínimo, notável.

E agora, o que esperar?

O sentimento geral entre os presentes era de otimismo cauteloso. Há expectativas concretas, claro. A diocese precisa de liderança firme mas compassiva, e dom Pedro parece reunir ambas as qualities. Seu discurso pragmático, mesclado com evidente espiritualidade, agradou gregos e troianos.

Resta saber como suas palavras se traduzirão em ações no cotidiano dos friburguenses. Uma coisa é certa: o primeiro passo foi dado com o pé direito e com uma legitimidade popular rara de se ver.

Que venham os próximos capítulos.