Quase 70 mil pessoas testemunharam um momento histórico no Estádio do Morumbis, em São Paulo, neste sábado (22). O Oasis, uma das bandas mais icônicas do rock britânico, retornou aos palcos brasileiros após 16 longos anos de separação, e a emoção foi tão intensa que parecia que o tempo não havia passado.
Reencontro histórico após anos de conflito
O último show da banda de Manchester no Brasil havia sido em 2009, quando os irmãos Noel e Liam Gallagher protagonizaram uma briga aparentemente irreparável que levou ao fim da formação clássica do grupo. A reconciliação no palco foi tão natural que muitos espectadores sequer notaram a longa ausência.
Embora este não seja o primeiro show da turnê de reunião - anunciada em 2024 - e nem o último no país, já que a banda retorna ao mesmo estádio com ingressos esgotados novamente neste domingo (23), a sintonia perfeita entre os irmãos surpreendeu até os fãs mais céticos.
Química intacta e setlist nostálgico
A apresentação de aproximadamente duas horas focou especialmente nos dois primeiros discos da banda, trazendo de volta os sucessos que marcaram gerações. O domínio sobre o ritmo das canções e o entrosamento musical foram tão impressionantes que seria ingênuo acreditar que foram construídos apenas nos cinco meses de turnê.
A grande diferença em relação aos últimos anos foi a leveza com que os irmãos dividiram os holofotes, embora Liam Gallagher tenha mantido seu hábito característico de deixar o palco durante as músicas em que Noel assumiu os vocais principais.
Festa coletiva no Morumbis
Do lado do público, poucas pessoas escaparam dos jatos de cerveja e água lançados ao ar, principalmente durante o início das duas primeiras músicas. Mas ninguém parecia se importar com a bagunça, totalmente imerso na energia contagiante do show.
Ao final das duas horas de apresentação, repletas de sucessos atemporais, os espectadores haviam se aproximado quase que inconscientemente, unidos pela mesma paixão musical que resistiu ao tempo e às brigas pessoais.
O reencontro dos irmãos Gallagher no Brasil prova que algumas histórias merecem ter novos capítulos, e que a música tem o poder único de curar até as feridas mais profundas.