Pelúcia é a tendência sexy do verão: maciez e sensualidade nas ruas
Pelúcia: a tendência sexy que domina o verão

Em um mundo marcado por ritmo acelerado e aspereza, a moda encontra refúgio no toque suave. A pelúcia, antes restrita a acessórios e brinquedos, assume agora o papel de segunda pele no guarda-roupa contemporâneo. Mais do que um tecido, ela se tornou um luxo emocional, uma resposta tátil aos tempos difíceis, celebrando o afeto e uma sensualidade disfarçada de conforto.

Das passarelas para o cotidiano: o poder da maciez

O fenômeno ganhou força com a febre do Labubu, que trouxe o lúdico e a leveza da pelúcia para o dia a dia. Com a chegada do fim de ano e a busca por ainda mais descontração, o material migrou definitivamente dos enfeites para as peças principais do visual. Vestir maciez é quase um gesto político, um ato de resistência contra a dureza do cotidiano, e também uma declaração de estilo profundamente sensual.

Estrelas internacionais estão na vanguarda desse movimento. Elle Fanning, Kendall Jenner, Sabrina Carpenter, Hailey Bieber e Taylor Swift foram fotografadas em tapetes vermelhos e aparições públicas abraçando a tendência. Elas usam casacos e estolas felpudos que envolvem o corpo, criando um jogo ambíguo entre proteção e exposição. A proposta vai além do conforto, resgatando o imaginário da Hollywood dourada dos anos 1950, mas com um frescor totalmente atual.

A sensualidade histórica do toque felpudo

A associação entre pelúcia e desejo não é nova. Nos anos 1930 a 1950, o material era presença constante nos figurinos das divas do cinema. A maior embaixadora foi, sem dúvida, Marilyn Monroe. Ao contrário do que se possa pensar, o efeito nunca foi infantilizante. A maciez do tecido, na verdade, amplificava a sexualidade das personagens.

Marilyn compreendia, como poucas, que o erotismo reside mais na sugestão do que na exibição. A pelúcia criava esse intervalo de mistério: convidava ao toque, sugeria intimidade e tornava o corpo ainda mais desejável por parecer acessível e acolhedor. A lição de Hollywood foi clara: textura conta uma história. O brilho do cetim seduz, mas o pelo provoca. Há um poder único em parecer confortável na própria pele – e ainda mais confortável dentro de algo que parece vivo e quente.

Como usar a tendência no Réveillon e nas festas

Para as celebrações de fim de ano, ceias e festas que se estendem pela madrugada, a pelúcia surge como o contraponto perfeito. A chave está no contraste. Uma estola felpuda sobre um vestido slip de seda ou um look todo branco cria uma tensão visual interessante entre leveza e volume, resolvendo o frio da noite sem abrir mão do glamour.

Para um visual mais ousado, a dica é investir em vestidos com textura peluciada em tons claros ou preto profundo. O equilíbrio vem com sandálias delicadas e joias finas, deixando que a textura seja a protagonista. Nos pés, nada muito pesado. A sensualidade da pelúcia está justamente na oposição entre o macio e o quase nu.

A pelúcia de hoje não tem nada de ingênua. Ela amadureceu e se apresenta como uma resposta à aceleração e à agressividade dos tempos atuais. Vestir pelúcia é desacelerar o olhar, é lembrar que o verdadeiro luxo pode ser sinônimo de afeto. Sua sensualidade mais duradoura não emana da rigidez, mas da entrega e do desejo quase primitivo de tocar e se aproximar. Envolve o corpo como um segredo compartilhado – ideal para noites longas, brindes repetidos e promessas sussurradas bem perto do ouvido. Como toda boa sedução, não precisa de explicações. Basta se permitir sentir.