O tradicional panetone natalino está passando por uma revolução de sabores, com opções que vão muito além das frutas cristalizadas. Uma reportagem especial do Globo Repórter, exibida em 12 de dezembro de 2025, revelou as criações ousadas de uma confeitaria localizada na Serra Gaúcha, que está conquistando paladares com combinações sofisticadas e inusitadas.
Do clássico ao contemporâneo: a explosão de novos sabores
A edição do programa, intitulada "Natal em Gramado", mostrou que a receita italiana ganhou interpretações modernas. A confeiteira Zenaide Port é a responsável por essa viagem gastronômica, que inclui versões com chocolate e avelã, mousse de limão e o elegante pistache. Mas a grande estrela da temporada, segundo a reportagem, é o panetone de morango do amor, sabor que se tornou uma verdadeira febre ao longo do ano.
"Depois de tudo o que teve de morango do amor este ano, não podia faltar", brincou Zenaide, justificando a inclusão do sabor trend no cardápio natalino. A aposta claramente dialoga com o gosto do público brasileiro, sempre ávido por novidades.
Exagero com requinte: os chocotones trufados
Para os amantes do chocolate, a confeitaria preparou uma verdadeira tentação. Os chamados chocotones trufados são descritos como um espetáculo à parte. Eles são recheados abundantemente até a borda e finalizados com uma camada generosa e brilhante de chocolate.
"Às vezes a gente exagera um pouquinho, mas, como vai uma cobertura depois, fica prontinho. É uma sobremesa", explica Zenaide, com bom humor. A proposta é que o produto transcenda o café da manhã ou lanche e se consolide como uma opção de sobremesa caprichada para as ceias de fim de ano.
Tradição familiar com produção artesanal em larga escala
Por trás da ousadia dos sabores, há um profundo respeito pela tradição. A receita base do panetone é herança da família italiana da confeiteira, que encontrou na produção uma forma de manter viva a cultura natalina. Todo o processo é artesanal, mas a demanda exigiu um aumento na capacidade produtiva.
Hoje, Zenaide e sua equipe chegam a produzir até 150 panetones por dia durante a alta temporada. Apesar do volume, o cuidado com cada unidade é mantido: os ingredientes são priorizados da região e o acabamento de cada peça é feito com capricho. "A tradição me chamou", resume a confeiteira, sobre o motivo de ter abraçado esse ofício.
A reportagem do Globo Repórter reforça como um símbolo gastronômico consagrado pode se renovar, misturando herança cultural, técnica artesanal e criatividade para criar novas experiências e memórias afetivas para o Natal.
