Um experimento gastronômico que prometia revelar a qualidade real de docerias da Baixada Santista resultou em uma descoberta nojenta. O confeiteiro Matheus Medeiros de Carvalho, de 23 anos, encontrou um fio de cabelo em um brigadeiro de pistache de uma das docerias mais bem avaliadas da região.
O teste das docerias
Matheus decidiu fazer um teste incomum: pedir brigadeiros de duas docerias com avaliações extremas no aplicativo de entregas. A experiência, que custou R$ 131,95 no total, foi registrada em vídeo e compartilhada nas redes sociais.
A doceria com pior avaliação tinha 4,5 estrelas no aplicativo. Nela, o confeiteiro comprou 12 brigadeiros por R$ 61,97. Logo na chegada, o pedido já causou má impressão: os doces chegaram completamente revirados na embalagem.
"A primeira impressão que fica é desleixo. Não sei se é culpa da confeiteira ou se foi culpa do motoboy", comentou Matheus ao analisar o estado dos brigadeiros.
A surpresa desagradável na doceria bem avaliada
A situação parecia melhorar quando Matheus partiu para a degustação da doceria melhor avaliada, que ostentava 4,9 estrelas no aplicativo. Nesta, ele comprou 6 brigadeiros por R$ 69,98.
Em ambos os pedidos, o confeiteiro escolheu os mesmos sabores para comparação: belga, pistache e leite ninho.
Iniciando pela doceria pior avaliada, Matheus notou problemas além da apresentação: alguns doces estavam cristalizados e outros tinham sabor artificial claramente perceptível.
Ao provar os brigadeiros da doceria bem avaliada, as expectativas eram altas. O brigadeiro belga recebeu elogios pelo sabor e ponto adequado. Porém, ao experimentar o de pistache, veio a surpresa negativa: um fio de cio de cabelo estava incorporado ao doce.
"Fiozão de cabelo. Realmente preocupante, isso porque é o melhor avaliado, imagina se fosse o pior", disse o confeiteiro no vídeo.
Análise das avaliações e dicas importantes
Matheus revelou ao g1 que havia checado as avaliações das duas docerias antes do teste. Na pior avaliada, as reclamações se concentravam em bolos, brownies e tortas, não especificamente em brigadeiros.
"Achei que o brigadeiro seria bom, mas não teve como dar nota alta", afirmou sobre sua experiência.
Já a confeitaria melhor avaliada tinha predominantemente avaliações positivas, com poucas de 3 ou 4 estrelas, o que chamou sua atenção pela consistência das notas altas.
O confeiteiro ressaltou a importância fundamental da higiene nas cozinhas e do uso adequado de equipamentos de proteção individual.
"Por mais que erros possam acontecer, higiene é coisa séria e todo cuidado é pouco", alertou Matheus, destacando também a necessidade de preparar os doces com carinho e não comercializar produtos passados ou estragados.
Após o incidente, Matheus descobriu que não foi o único a ter problemas com a doceria bem avaliada: seguidores relataram situações similares com cabelos em doces do mesmo estabelecimento.