
Quem pensa que folclore é só história de bicho-papão e saci-pererê está muito enganado. Em Manaus, a coisa é séria — e vem com uma mistura explosiva de cores, sons e tradições que só a Amazônia sabe fazer.
A partir do dia 22 de agosto, a cidade vira palco de uma celebração que mistura o antigo e o novo. Oficinas de artesanato? Tem. Danças típicas que contam histórias? Claro. E o melhor: tudo de graça, feito pra quem quer botar a mão na massa — ou melhor, nos fios, nas tintas e nos ritmos.
O que rola na programação
Olha só essa maratona cultural:
- Oficina de Máscaras do Boi-Bumbá — porque todo mundo tem um pouco de peão ou mocinha dentro de si (dia 23, às 14h, no Largo São Sebastião)
- Dança dos Pássaros — coreografia que parece tirada de um sonho, com direito a penas e tudo (dia 24, 18h, no Teatro Amazonas)
- Contação de Causos — os velhos mestres da floresta ensinando como se faz uma boa prosa (vários horários no Centro Cultural dos Povos da Amazônia)
E tem mais — muito mais. Quer aprender a fazer aqueles colares que parecem ter saído do rio? Tem oficina pra isso. Curte aquele som de viola de cocho? Prepare os ouvidos.
Não é só diversão...
Por trás das cores e brincadeiras, tem um trabalho sério de manter viva a memória dos povos da região. "A gente vê crianças que nem sabiam da existência do curupira", comenta Maria Silva, uma das organizadoras, enquanto arruma os fios para uma oficina. "Isso aqui é resistência pura."
Ah, e se você acha que é coisa só pra criança, pode repensar. Tem desde atividade pra turminha até bate-papo cabeça sobre como as lendas influenciam até hoje a música e a arte contemporânea — sim, aquela sua banda favorita provavelmente bebeu dessa fonte.
Dica quente: chegue cedo. Ano passado, a fila pra oficina de pintura corporal virou quase uma atração à parte, com direito a cantoria e novos amigos.