Belém se transforma na capital da arte indígena brasileira com a abertura da exposição Brasil Terra Indígena, uma iniciativa monumental que reúne pela primeira vez a produção artística de mais de 300 povos originários de todas as regiões do país.
Um panorama da diversidade cultural brasileira
A mostra, instalada no Armazém 7 do Estação das Docas, oferece aos visitantes uma jornada única pela riqueza e pluralidade das expressões artísticas indígenas. São mais de mil peças que representam a força criativa dos povos originários, incluindo cerâmicas, cestarias, pinturas corporais, esculturas em madeira e artefatos tradicionais.
Programação especial para imersão cultural
Além da exposição principal, o evento conta com uma programação diversificada:
- Oficinas de artesanato tradicional ministradas por artistas indígenas
- Apresentações de danças e músicas de diferentes etnias
- Rodas de conversa sobre saberes ancestrais e contemporaneidade
- Feira de produtos indígenas com artesanato e gastronomia
Presenças ilustres e significado histórico
A abertura do evento contou com a presença de Márcia Kambeba, poeta e ativista indígena, que destacou a importância da mostra como instrumento de resistência e valorização cultural. "Esta exposição não é apenas sobre arte, mas sobre a permanência e a força dos nossos povos", afirmou emocionada.
"Quando mostramos nossa arte, mostramos nossa alma, nossa história e nossa resistência. Cada peça conta uma história de luta e sobrevivência", completou Kambeba durante a cerimônia de abertura.
Um marco para a cultura paraense
A escolha de Belém como sede do evento não foi aleatória. A cidade representa um importante polo de diversidade cultural na região Norte e serve como portal de entrada para a Amazônia, território onde vivem centenas de povos indígenas.
A exposição permanecerá em cartaz por três meses, com entrada gratuita, proporcionando ao público a oportunidade de conhecer e se encantar com a imensa riqueza artística dos primeiros habitantes do Brasil.