A banda Blindagem está pronta para um momento especial na sua trajetória de cinco décadas. No próximo sábado, dia 6, o grupo sobe ao icônico palco da Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, para se apresentar na sexta edição do festival Prime Rock Brasil. O evento representa muito mais que um show: é um reencontro com a história, com o público e com a poesia que sempre acompanhou a banda.
Um palco carregado de história e emoção
Para os integrantes da Blindagem, a apresentação na Pedreira tem um sabor de volta às origens. O baixista Paulo Juk e o guitarrista Paulo Teixeira revelaram em entrevista que estiveram presentes no primeiro show realizado no local. Juk, que já produziu eventos internacionais ali, descreve a energia única do espaço. "Curitiba é privilegiada com vários espaços culturais fantásticos, mas a Pedreira tem uma energia toda própria", afirma, lembrando a emoção que toma conta dos artistas ao subirem naquele palco.
A familiaridade com o local, no entanto, não diminui a expectativa. A banda, que já conquistou todos os palcos emblemáticos da capital paranaense e celebrou seus 50 anos no Teatro Guaíra em setembro, encara este retorno como um capítulo especial da comemoração do seu jubileu.
A magia de unir gerações
Uma das marcas do Prime Rock Brasil em 2024 é a união de diferentes gerações de fãs de rock, um fenômeno que a Blindagem conhece bem. "Tem aqueles que nasceram com a gente, mas tem os que vieram depois", comenta Juk, brincando com uma frase icônica do grupo: "Você está ficando velho, mas teu público parece cada vez mais jovem".
Teixeira complementa, lembrando um episódio significativo: encontrar um fã que conheceu a banda através do pai e, depois, apresentou as músicas para o próprio filho. "Isso aí traduz tudo. Faz parte dos 50 anos de estrada da banda", reflete o guitarrista, destacando como a música do grupo atravessou décadas e criou laços familiares.
Reencontros entre velhos amigos do rock
O festival também será uma oportunidade para reencontros entre artistas que fizeram história juntos. No palco do Prime Rock Brasil, a Blindagem dividirá a noite com nomes como Capital Inicial, Jota Quest, Humberto Gessinger, Biquini Cavadão, Paula Toller e Nando Reis.
"Nós estamos lá com as bandas com as quais tocamos nos anos 80, 90", afirma Juk, com nostalgia. "A gente tava junto naquele bolo, naquela energia, na força que vinha do rock brasileiro naquela época". O evento, portanto, resgata não só canções, mas também as memórias e a cumplicidade de uma cena musical vibrante.
O futuro após meio século de estrada
Celebrar 50 anos de carreira fez a Blindagem olhar para trás com orgulho, mas também projetar os próximos passos. A diversão continua sendo o principal combustível. "Pessoalmente, se eu parar de tocar um pouco, um mês que seja, Deus o livre, já fico doente", confessa Teixeira. "Eu preciso tocar, preciso estar com meus amigos, fazendo um show com a banda. Isso aí é fundamental".
A banda já trabalha em novos projetos, incluindo regravações de seus clássicos com novas tecnologias e a produção de videoclipes. A filosofia é simples, como resume Teixeira: "Se estamos nos divertindo ainda, vamos continuar produzindo". A apresentação na Pedreira Paulo Leminski, neste sábado, é a prova viva de que, após meio século, a música da Blindagem não apenas permanece, mas segue emocionando e unindo plateias de todas as idades.
