O cenário cultural de João Pessoa está de luto. Nesta quarta-feira, 31 de maio, faleceu Luiz Ferreira da Silva, fundador da tradicional agremiação junina Lageiro Seco. Ele tinha 90 anos e morreu de causas naturais, conforme informado pela própria junina em suas redes sociais.
Uma vida dedicada à tradição
Luiz Ferreira da Silva era mais do que um fundador; era o patriarca e a memória viva de uma das instituições culturais mais importantes do estado. A Lageiro Seco foi fundada por ele em 1947, consolidando-se não apenas como a mais antiga do Brasil em atividade, mas também como uma potência em competições. Ao longo de sua história, a agremiação conquistou sete títulos municipais em João Pessoa e oito campeonatos estaduais, um legado de excelência que carrega a marca de seu criador.
Última homenagem ao patriarca
O corpo de Luiz Ferreira da Silva está sendo velado no ginásio Guarany, localizado no bairro do Róger, que é justamente a sede histórica da junina Lageiro Seco. O velório começou na tarde desta quarta-feira. Já o sepultamento está marcado para a manhã desta quinta-feira, 1º de junho, no Cemintério Santa Catarina, no bairro dos Estados.
O legado de uma era
A morte de Luiz Ferreira representa a perda de um ícone para a cultura popular nordestina. A Lageiro Seco é um símbolo da resistência e da vitalidade das festas juninas na Paraíba. Sob sua liderança, a agremiação atravessou décadas, mantendo viva uma tradição que envolve música, dança e comunidade. Seu falecimento encerra um capítulo, mas o legado que ele deixa é imensurável e continuará a ecoar nos arraiais da cidade e do estado.
A história da Lageiro Seco está intrinsecamente ligada à história de seu fundador. A perda é sentida não apenas pela família e pelos integrantes da junina, mas por toda uma cidade que viu em Luiz Ferreira um guardião das tradições culturais.
