O dia em que Preta Gil quase teve outro nome: a história por trás do batismo da estrela
Preta Gil quase teve outro nome: revelação surpreendente

Imagine só: a icônica Preta Gil, uma das vozes mais marcantes da música brasileira, poderia ter sido chamada de outra coisa. Parece até brincadeira, mas essa história real — cheia de reviravoltas familiares — quase deixou o Brasil sem a "Preta" que conhecemos hoje.

Um nome que quase não vingou

Naquela época — década de 70, pra ser mais exato —, a família Gil estava dividida. De um lado, Gilberto Gil, já consagrado, com suas convicções. Do outro, dona Flora, mãe de Preta, com um palpite certeiro. "Ela insistia que eu tinha cara de Preta", revelou a artista anos depois, rindo da situação. Mas não foi tão simples assim.

O pai, no início, torcia o nariz. Queria algo mais... "tradicional". Chegaram a considerar Maria (que, convenhamos, não combinaria nada com o estilo explosivo dela). Até que, numa daquelas conversas de família — aquelas que misturam café, risadas e opiniões fortes —, o apelido venceu. E que sorte a nossa!

O peso (e a leveza) de um nome

Não é só identidade, tá? Um nome como "Preta" carrega história. E no Brasil, onde questões raciais sempre foram delicadas, a escolha foi, no mínimo, corajosa. "Hoje entendo como um ato político", reflete a cantora, que transformou o que poderia ser um simples apelido em bandeira de empoderamento.

Curiosidade: nos primeiros documentos, o nome oficial ainda era Maria. Mas quem se importa com burocracia quando a vida — e a arte — gritam por "Preta"? Até a avó materna, no início reticente, acabou cedendo. "Quando ela começou a me chamar assim, eu soube que estava feito", contou a artista em entrevistas.

E se...?

Dá pra imaginar os fãs gritando "Maria Gil" nos shows? Nem ela consegue. "Seria estranho, né?", diverte-se. O nome moldou não só a carreira, mas a personalidade. "Preta tem a ver com resistência, com alegria, com raiz", define. E completa, num tom mais sério: "É quem eu sou — desde sempre".

Detalhe que poucos sabem: na escola, algumas professoras insistiam no "Maria". "Eu já corrigia: ‘Chama de Preta que eu respondo melhor’", ri, lembrando a teimosia de infância. Mal sabia ela que, anos depois, esse mesmo nome estaria em holofotes, discos e corações Brasil afora.