
O Brasil acordou hoje de luto. Preta Gil, uma das vozes mais autênticas da música brasileira, partiu aos 50 anos — e o que fica é um vazio difícil de preencher. Filha do lendário Gilberto Gil, ela não viveu à sombra do pai, mas construiu uma carreira brilhante, cheia de altos e baixos, como a vida real.
Quem nunca cantou "Só quer Vrau" no topo dos pulmões? Essa música, aliás, virou hino não oficial da autoestima feminina. Preta tinha esse dom: transformar o cotidiano em arte vibrante, cheia de cores e atitude.
Mais que uma artista, um símbolo
Não era só sobre música. Preta Gil era resistência em forma de gente — uma mulher negra, bissexual, que enfrentou o câncer com uma coragem que deixou o país inteiro de queixo caído. Em 2023, quando recebeu o diagnóstico, ela poderia ter se escondido. Preferiu virar a doença em lição de vida.
"A gente tem que abraçar a vida enquanto ela está aqui", disse numa daquelas entrevistas que pareciam conversa de boteco — só que com a sabedoria de quem já viu o mundo de todos os ângulos.
O adeus nas redes sociais
As homenagens começaram a pipocar antes mesmo do anúncio oficial. Celebridades, fãs, gente que nunca a conheceu pessoalmente — todos com a mesma dor no peito. Nas ruas do Rio, onde morava, vizinhos lembravam daquela risada contagiante que ecoava no prédio.
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E agora? O Brasil sem Preta Gil parece um samba sem cuíca. Mas como ela mesma diria: "A vida é pra ser vivida, não chorada". Difícil não chorar, porém, quando uma luz dessas se apaga.