A ex-chacrete Neulizete de Souza Ferraz, conhecida artisticamente como Lia Hollywood, faleceu na última sexta-feira, dia 28, aos 66 anos de idade. A causa da morte foram complicações decorrentes de um grave ataque de um cão da raça pitbull, que pertencia ao seu próprio filho.
Detalhes do trágico incidente
O ataque ocorreu em São Pedro da Aldeia, cidade situada na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Lia Hollywood sofreu ferimentos gravíssimos, que exigiram múltiplas intervenções cirúrgicas e, infelizmente, levaram à amputação do seu braço direito.
Ela permaneceu internada por mais de um mês no Hospital Estadual Roberto Chabo, localizado em Araruama, mas não resistiu às complicações do ocorrido. Seu corpo foi sepultado no domingo, 30, no Cemitério Jardim Park da Saudade, em sua cidade natal, São Pedro da Aldeia.
Carreira e legado na televisão brasileira
Lia Hollywood conquistou fama nacional nas décadas de 1970 e 1980 como uma das assistentes de palco do lendário programa comandado por Abelardo Barbosa, o Chacrinha. Ao lado de outras ícones como Rita Cadillac e Índia Potira, ela ajudou a definir o tom irreverente e popular que marcou a atração.
Seu nome artístico foi uma homenagem à atriz brasileira Lia Torá, pioneira em Hollywood, e carregava a intenção de reforçar o glamour e o brilho associados à figura das chacretes. Essas dançarinas eram muito mais que assistentes; elas se tornaram parte fundamental da identidade visual e do sucesso do programa, simbolizando uma era da cultura pop brasileira.
Uma memória afetiva para uma geração
A trajetória de Lia Hollywood está intrinsecamente ligada à memória afetiva de milhões de brasileiros que cresceram acompanhando o Cassino do Chacrinha. Sua morte encerra um capítulo da história da televisão, mas seu legado como símbolo de dança, carisma e ousadia permanece vivo.
Ela deixa para trás a lembrança de uma profissional que, com seu talento e presença de palco, contribuiu para a construção de um dos fenômenos de entretenimento mais marcantes do país.
