Quem nunca rolou o feed e pensou: 'Que vida perfeita!'? Pois é, a gente sabe que não é bem assim — e Camila Queiroz também. A atriz, que sempre transitou entre a TV e o digital, resolveu encarar esse paradoxo moderno no cinema. E olha, não foi nada fácil.
Interpretar uma influencer no filme 'Viver Influencer' exigiu muito mais do que poses e sorrisos. Camila mergulhou fundo nesse universo — e voltou com histórias que dariam um thread no Twitter. Ela conta que, durante as gravações, precisou gerenciar uma montanha-russa emocional que nem sempre aparece nos stories.
Por Trás das Câmeras: A Pressão Que Não Vemos
'Tem dias que você acorda e não quer ser personagem de si mesma', confessa a atriz, num momento raro de sinceridade. A pressão por engajamento, a ansiedade das métricas, a necessidade constante de se mostrar 'perfeita' — tudo isso pesa, e muito.
Camila revela que, para construir a personagem, passou horas observando influencers reais. Notou padrões: a luz sempre perfeita, os ângulos calculados, a curadoria milimétrica da vida. 'É exaustivo', admite. 'Você vira produto e produtor ao mesmo tempo.'
O Preço da Exposição
Uma cena em particular a marcou profundamente: sua personagem tem um breakdown após uma postagem não performar como esperado. 'Isso acontece de verdade', diz Camila. 'Conheci garotas que choram por likes, que ficam doentes quando perdem seguidores.'
Ela mesma, que possui mais de 6 milhões de seguidores no Instagram, já sentiu na pele essa pressão. 'Às vezes eu postava algo e ficava refém do celular. Isso não é saudável — e a gente precisa falar sobre.'
Da Telinha para a Telona: Um Salto Corajoso
Transpor a realidade digital para o cinema foi um desafio técnico e emocional. Como mostrar a ansiedade de uma live sem visualizações? A decepção de um patrocínio que cai? A solidão por trás de uma foto cheia de comentários?
'Usei muito do meu próprio repertório', revela Camila. 'Lembrei de vezes em que me senti vulnerável online, mas precisei seguir em frente porque a 'marca Camila' não podia fraquejar.'
O filme, que estreia em breve, promove uma reflexão necessária sobre até onde estamos dispostos a ir por validation digital. E Camila? Ela diz que aprendeu a dosar melhor sua própria presença online. 'Às vezes, o melhor filter é desligar o celular e viver de verdade.'
Sábias palavras — que provavelmente vão render muitos likes.
