O mundo literário está de luto pela perda prematura de Baek Se-hee, autora sul-coreana que faleceu aos 35 anos após sofrer uma morte cerebral decorrente de um acidente doméstico. A trágica notícia, entretanto, carrega um poderoso legado de esperança: através da doação de seus órgãos, a escritora salvou a vida de cinco pessoas.
O legado literário que transcende a vida
Baek Se-hee conquistou reconhecimento internacional com sua obra "Quero morrer, mas quero comer tteokbokki", um relato sensível e honesto sobre sua própria jornada com problemas de saúde mental. O livro, que começou como uma webcomic, tornou-se um best-seller na Coreia do Sul e foi traduzido para múltiplos idiomas, incluindo o português.
A obra aborda as sessões de terapia da autora e suas lutas contra a depressão e a ansiedade, criando um diálogo aberto sobre saúde mental que ressoou com milhões de leitores ao redor do mundo.
Um final que se transforma em recomeços
De acordo com informações divulgadas, Baek sofreu um acidente doméstico fatal no dia 23 de setembro. Após ser declarada com morte cerebral, sua família honrou seu desejo de ser doadora de órgãos, uma decisão que demonstra profunda generosidade em meio à dor.
O gesto final da autora permitiu que:
- Cinco pessoas recebessem transplantes que salvaram suas vidas
- Seu legado de cuidado com o próximo se estendesse além de suas palavras
- Uma mensagem poderosa sobre a importância da doação de órgãos
Impacto duradouro
Baek Se-hee deixa não apenas uma obra literária significativa, mas também um exemplo extraordinário de solidariedade humana. Sua história nos lembra que mesmo nas circunstâncias mais difíceis, é possível fazer a diferença na vida dos outros.
Seu livro continua sendo um importante recurso para quem enfrenta desafios de saúde mental, oferecendo conforto e compreensão através de suas páginas honestas e comoventes.
