
Parece que a panela de pressão das redes sociais explodiu mais uma vez. E o estopim? Um áudio — sempre os áudios, não é mesmo? — da experiente jornalista Mônica Waldvogel que vazou e circulou como rastilho de pólvora pelos grupos de WhatsApp e Twitter.
A situação toda me lembra aqueles dias de tempestade onde você não sabe se guarda o varal ou se espera mais um pouco. De um lado, uma multidão de críticos apontando o dedo. Do outro, defensores fervorosos. No meio, a verdade — sempre tão relativa — tentando respirar.
O que realmente aconteceu no áudio?
Bom, vamos com calma. O tal áudio captura Mônica durante uma conversa — dessas que a gente imagina serem privadas, mas que hoje em dia parecem ter microfone escondido em todo canto. Ela comenta sobre um assunto que já era quente, mas a forma como se posicionou... bem, aí é que está o busílis.
Alguns ouvem e torcem o nariz. "Como assim ela diz isso?", "Que absurdo!", "Isso é jornalismo ou opinião?" — os comentários se multiplicam mais rápido que formiga em piquenique.
O outro lado da moeda
Mas espera aí. Antes de jogar a primeira pedra, que tal ouvir — ou melhor, ler — a defesa? Tem gente que não só apoia como levanta a bandeira pela jornalista. "Todo mundo tem direito à opinião", "Ela estava em off, ora!", "Cadê a privacidade?" — os argumentos são tantos que dá até vertigem.
O que mais me impressiona — e aqui vou ser sincero — é como um simples áudio consegue dividir as águas de forma tão dramática. Parece que ninguém mais consegue encontrar o meio-termo, aquele lugar confortável onde as discordâncias podem coexistir.
E as redes sociais? Viraram ringue
O X (antigo Twitter, para quem ainda se confunde) transformou-se em arena de gladiadores digitais. De um lado, os que acusam Mônica de supostamente quebrar a imparcialidade jornalística. Do outro, os que veem perseguição e machismo velado — porque convenhamos, será que um colega homem receberia a mesma enxurrada de críticas?
Facebook então? Nem se fala. Os comentários se dividem entre os que defendem a liberdade de expressão da jornalista e os que exigem um posicionamento mais "neutro" — como se neutralidade fosse algo possível nesse mundo cheio de nuances.
E a GloboNews nessa história?
A emissora, até onde se sabe, mantém um silêncio que fala volumes. Nenhum posicionamento oficial, nenhuma nota esclarecendo a situação. O que deixa todo mundo se perguntando: será que estão esperando a poeira baixar ou preparam alguma resposta bombástica?
Particularmente, acho curioso como esses vazamentos sempre acontecem na hora certa — ou na hora errada, dependendo de que lado você está. Conveniente, não?
No fim das contas, o que fica?
Mais uma discussão que provavelmente será esquecida na próxima semana, quando outro escândalo surgir. Mais um áudio, mais uma polêmica, mais uma divisão. O ciclo se repete como aquela novela que todo mundo critica mas ninguém deixa de assistir.
O que me preocupa — e muito — é que estamos perdendo a capacidade de discordar sem aniquilar o outro. De criticar sem destruir. De ouvir opiniões contrárias sem sair correndo para pegar uma tocha e um forcado.
Mas hei, quem sou eu para dar lição de moral? Apenas mais um observador tentando entender esse mundo louco onde um áudio pode virar um furacão em copo d'água. Ou será que não era copo d'ágga? Bem, vocês entenderam.