
Imagine chegar na praça principal da cidade e, além da programação cultural, encontrar um painel gigante mostrando cada centavo gasto no evento. Pois é exatamente isso que passa a valer em Avaré a partir de agora.
A nova lei, aprovada na câmara municipal, não deixa margem para dúvidas: a prefeitura é obrigada a expor todos os custos de eventos culturais promovidos com dinheiro público. E não é aquela divulgação meia-boca no site da prefeitura que quase ninguém vê.
Transparência na veia
Os detalhes são impressionantes (e necessários):
- Valores pagos a artistas e fornecedores
- Custos de infraestrutura e montagem
- Despesas com divulgação e segurança
- Qualquer outro gasto relacionado
"A população tem o direito de saber onde seu dinheiro está sendo investido", argumentou um dos vereadores autores do projeto, enquanto ajustava os óculos com ar de quem não aceita meias-verdades.
E tem mais: as informações precisam ficar expostas durante todo o evento em painéis de fácil visualização. Nada daqueles letreiros minúsculos que precisamos de lupa para ler.
O pulo do gato
O que realmente chama atenção é o nível de detalhamento exigido. Não basta jogar um valor total lá e pronto. Querem saber quanto custou cada item, cada serviço, cada contratação. Parece que finalmente alguém entendeu que transparência se faz com números na mesa, não com discursos bonitos.
E olha que a ideia não veio do nada. Nos últimos anos, vários eventos culturais pelo Brasil foram alvo de suspeitas de superfaturamento. Em Avaré, parece que decidiram cortar o mal pela raiz.
Será que essa medida vai pegar em outras cidades? Difícil dizer. Mas uma coisa é certa: quando o contribuinte consegue ver claramente onde seu dinheiro está indo, a história muda de figura.