
Quem esteve em Macapá nos últimos dias pôde testemunhar algo que vai muito além da devoção religiosa. Durante as celebrações do Círio de Nazaré, algo mágico aconteceu - a fé das pessoas se transformou em gestos concretos de solidariedade que vão ecoar por semanas.
A Fundação Rede Amazônica, sempre com um pé firme nas causas sociais, organizou uma campanha de doação de alimentos que superou todas as expectativas. E quando digo superou, é porque os números são realmente impressionantes: quatro toneladas de alimentos não perecíveis foram arrecadadas!
Uma corrente do bem que não para
Pense bem: quatro toneladas equivalem a cerca de oito mil quilos de comida. É arroz, feijão, macarrão, farinha, óleo... itens básicos que farão diferença na mesa de muitas famílias. A campanha funcionou durante toda a programação do Círio na Rede, mostrando que quando a comunidade se une, os resultados são extraordinários.
O que mais me impressiona nesse tipo de iniciativa é a naturalidade com que as pessoas abraçam a causa. Não foi preciso convencer ninguém - a solidariedade parece que já estava ali, esperando apenas um canal para se expressar.
Para onde vão as doações?
Toda essa montanha de alimentos já tem destino certo: instituições de caridade que atendem populações vulneráveis em Macapá. São lugares que diariamente enfrentam desafios para manter seus trabalhos sociais, e essa doação chega como um verdadeiro sopro de esperança.
Imagino o rosto das pessoas que vão receber essas cestas básicas. Em tempos onde tudo parece mais caro, cada pacote de alimento representa um alívio, uma segurança, a certeza de que não estão sozinhos.
A verdade é que iniciativas como essa mostram o melhor do ser humano. Enquanto uns caminhavam em fé, outros organizavam, outros doavam, outros receberão. É uma corrente que não tem fim, e que prova que a generosidade ainda é um dos valores mais fortes da nossa sociedade.
Que exemplo, não é mesmo? Mostra que é possível, sim, transformar momentos de celebração em oportunidades reais de fazer o bem. E o mais bonito: ninguém fez questão de aparecer, apenas de ajudar.