Fé que Move Montanhas: Mais de 2 Mil Peregrinos Tomam Estradas de MT em Homenagem a Nossa Senhora Aparecida
Fé move 2 mil em romaria histórica de MT

O amanhecer ainda nem havia clareado completamente o céu quando as primeiras almas corajosas já punham os pés na estrada. Eram 5h da manhã desse sábado, mas o cansaço parecia não ter vez diante da determinação nos olhos de cada peregrino. Mais de duas mil pessoas — sim, você leu direito — transformaram a MT-270 numa verdadeira via sacra sobre rodas... ou melhor, sobre pés.

De Rondonópolis até Pedra Preta, um trajeto de respeitáveis 18 quilômetros que muitos fariam de carro sem pensar duas vezes. Mas essa turma escolheu sentir cada metro na pele, na alma. E olha, não foi moleza não. O sol castigou, a poeira subiu, as pernas reclamaram — mas a fé, ah, a fé foi mais forte.

Uma Tradição que Resistiu ao Tempo

Essa romaria não é de hoje, nem de ontem. Já virou parte da paisagem cultural da região, um daqueles eventos que as avós contam para as netas e que seguem vivas geração após geração. E pensar que tudo começou pequeno, modesto, quase íntimo. Agora, olha só — virou um verdadeiro mar de gente!

O que me impressiona, francamente, é como essas tradições resistem num mundo cada vez mais digital. Enquanto a maioria está preocupada com likes e seguidores, duas mil pessoas preferiram seguir a pé por horas a fio. Faz você pensar, não é?

Estrutura que Acolhe os Cansados

A organização — sempre impecável — montou uma verdadeira operação de guerra para receber tanta gente. Postos de hidratação a cada trecho, equipes médicas de prontidão, e até aquela comida quentinha que cai como uma bênção depois de horas caminhando.

E olha que interessante: a Polícia Militar fez aquela escolta tradicional, fechando a estrada para garantir a segurança de todos. Ver aqueles homens e mulheres fardados protegendo os peregrinos... é de emocionar, sinceramente.

  • Horário de saída: 5h da manhã, ainda no escuro
  • Trajeto percorrido: 18 quilômetros de pura devoção
  • Pontos de apoio: Estrutura completa ao longo do caminho
  • Segurança: PM garantindo proteção total

Mais que uma Caminhada, uma Experiência

O que realmente me pegou foi o depoimento de um dos organizadores. Ele disse, com aquela voz cheia de emoção contida, que ver tanta gente junta, unida pelo mesmo propósito... bem, é daquelas coisas que restauram a fé na humanidade.

E não era só gente da região, não. Tinha gente de tudo quanto é canto, cada um com sua história, suas dores, suas esperanças. Uns iam por gratidão, outros por promessa, outros simplesmente pela paz que essa jornada traz.

No final, quando todos chegaram à capela em Pedra Preta — cansados, sim, mas com aquela luz nos olhos — deu para entender por que vale a pena. Vale a pena manter viva essas tradições que nos conectam com algo maior, que nos lembram que ainda sabemos ser comunidade.

E no domingo, dia 12, quando a missa solene encerrou tudo, era visível: ninguém saiu a mesma pessoa. Cada um levou na mochila da alma um pouquinho da força coletiva que move montanhas — ou, no caso, que faz andar 18 quilômetros com um sorriso no rosto.