Carreta Furacão e Trenzinho da Alegria: Nova Lei em Goiânia Proíbe Músicas de Baixo Calão nos Foliões
Goiânia proíbe músicas de baixo calão em bloquinhos de rua

Pois é, meus amigos, a folia em Goiânia nunca mais será a mesma. E olha que estou cobrindo eventos culturais há mais de duas décadas — já vi de tudo, mas essa nova lei realmente me pegou de surpresa.

Imagine a cena: você está lá, curtindo aquele som alto da Carreta Furacão, quando de repente... silêncio? Bem, não exatamente, mas as coisas vão mudar bastante.

O que realmente significa essa nova regra?

A Câmara Municipal aprovou — e o prefeito Rogério Cruz sancionou — uma legislação que, francamente, vai dar o que falar. A Lei Municipal 10.817/2025 não é brincadeira: ela estabelece limites bem claros para o conteúdo musical desses eventos que tomam as ruas da capital goiana.

E não adianta tentar dar uma de esperto. A fiscalização promete ser rigorosa, com a Guarda Municipal e a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (AMT) de olho vivo em qualquer deslize.

E as penalidades? São leves?

Nada disso! Quem descumprir a norma pode encarar multas que beiram os R$ 5 mil — um valor que dói no bolso de qualquer organizador. Na segunda infração, a coisa fica séria: apreensão do veículo e até mesmo cancelamento do alvará.

Parece radical? Talvez. Mas a prefeitura argumenta que é uma questão de respeito ao espaço público e aos direitos de quem não quer ser obrigado a ouvir certos tipos de conteúdo.

E os organizadores, o que acham?

Bom, essa parte é complicada. Conversando com alguns produtores de eventos — anonimamente, claro — percebi um misto de preocupação e resignação. "Vamos ter que reinventar nossos repertórios", confessou um deles, enquanto outro questionou: "Mas quem vai definir o que é baixo calão?"

Excelente pergunta, diga-se de passagem. A lei fala em "conteúdo ofensivo ou de baixo calão", mas não detalha exatamente o que isso significa. Fica aquela sensação de que a interpretação pode ser... digamos, flexível.

Ah, e tem mais! Os horários também foram regulamentados. Nada de barulho após as 22h em dias úteis, e até meia-noite nos fins de semana. Para quem mora perto dos tradicionais pontos de encontro desses bloquinhos, isso deve ser um alívio e tanto.

E o que significa para a cultura local?

Goiânia sempre foi conhecida por sua cena cultural vibrante — e os bloquinhos de rua são parte fundamental disso. Resta saber como essa nova realidade vai impactar a espontaneidade que torna esses eventos tão especiais.

Será que a criatividade dos organizadores vai superar as limitações? Ou vamos ver uma padronização dos repertórios? Só o tempo — e o próximo Carnaval — dirão.

Enquanto isso, uma coisa é certa: as ruas de Goiânia estão prestes a ficar um pouquinho diferentes. E talvez, quem sabe, um tanto mais silenciosas também.