Feira Central de Campo Grande: Do 'Hashi Voador' ao Soba, a História que Virou Patrimônio
Feira Central de CG: História que virou patrimônio

Um verdadeiro tesouro da cultura sul-mato-grossense, a Feira Central de Campo Grande carrega em suas bancas, aromas e sabores décadas de história que agora são oficialmente reconhecidas. Recentemente tombada como patrimônio cultural imaterial da cidade, esta feira é muito mais que um ponto de compras - é um pedaço vivo da memória coletiva campograndense.

Das Origens à Consolidação

A história da Feira Central remonta aos anos 1950, quando pequenos comerciantes começaram a se reunir nas proximidades da antiga estação ferroviária. O local era estratégico: recebia diariamente trabalhadores da Noroeste do Brasil e moradores que chegavam de trem.

Com o tempo, a feira foi se organizando e ganhando estrutura, tornando-se referência para quem buscava produtos frescos, especiarias e ingredientes típicos da culinária regional.

Lendas e Memórias que Permaneceram no Tempo

Quem frequenta a Feira Central há décadas certamente se lembra de figuras icônicas que marcaram época. Uma das mais famosas era a do 'Hashi Voador', um habilidoso garçom japonês que impressionava os clientes com sua agilidade ao manusear os hashis.

Outro personagem inesquecível era o Sebastião Francisco de Souza, conhecido carinhosamente como 'Soba'. Com seu jeito único de atender e conversar com os fregueses, Soba se tornou sinônimo de acolhimento na feira.

Um Patrimônio de Sabores e Saberes

O tombamento como patrimônio cultural imaterial vai além da preservação física do espaço. Significa reconhecer e valorizar:

  • As receitas tradicionais passadas de geração em geração
  • Os saberes dos feirantes sobre produtos regionais
  • As técnicas de preparo que resistem ao tempo
  • O papel social da feira como ponto de encontro

O Presente e Futuro de um Marco Cultural

Hoje, a Feira Central continua pulsante, adaptando-se aos novos tempos sem perder sua essência. Continua sendo o lugar onde:

  1. Famílias mantêm a tradição de fazer compras semanais
  2. Turistas descobrem os sabores autênticos do Mato Grosso do Sul
  3. Novas gerações aprendem sobre a história gastronômica regional
  4. A comunidade se encontra e fortalece laços

O reconhecimento como patrimônio garante que esta história continue sendo escrita, preservando não apenas as bancas e produtos, mas principalmente as memórias afetivas que fazem da Feira Central um lugar especial no coração de Campo Grande.