
Quem disse que o passado não volta? A prova viva aconteceu neste fim de semana em São Paulo, onde uma verdadeira legião de fãs invadiu um evento dedicado aos jogos que marcaram época. Não era só nostalgia — era quase uma necessidade de reviver tempos mais simples.
Imagine isso: milhares de pessoas, de adolescentes a cinquentões, todos unidos por uma paixão em comum. Os clássicos atari, super nintendo e mega drive roubavam a cena, é claro. Mas o que realmente surpreendeu foi ver avós ensinando netos a jogarem — uma inversão geracional que emocionava.
Mais que pixels: conexões reais
O organizador, um cara chamado Felipe, me contou algo interessante. "A gente não esperava tanta gente", admitiu, ainda surpreso. "Parece que as pessoas estavam mesmo precisando disso — de se desconectar um pouco do digital e se reconectar pessoalmente."
E faz sentido. Num mundo dominado por jogos online e gráficos hiper-realistas, havia algo quase terapêutico em ver aqueles gráficos simples, aqueles sons icônicos. As risadas ecoavam pelo espaço — genuínas, contagiantes.
O sucesso que ninguém previa
Os organizadores contaram que esperavam uns poucos curiosos. Receberam uma enxurrada de entusiastas. Filas se formaram para jogar títulos que, em alguns casos, são mais velhos que os próprios jogadores.
E não era só sobre jogar. Colecionadores exibiam relíquias, trocavam experiências, compartilhavam histórias. Cada console tinha sua própria legião de fãs — uma verdadeira democracia do entretenimento.
O que isso nos diz? Talvez estejamos todos um pouco cansados da perfeição digital. Ou talvez só queiramos revisitar épocas onde a diversão cabia num cartucho — e a conexão acontecia no mesmo sofá.
Uma coisa é certa: a feira provou que bom mesmo é o que não sai de moda. E que, às vezes, voltar no tempo é exatamente o que precisamos para seguir em frente.