Neste domingo (23), a orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, será palco da 30ª edição da Parada do Orgulho LGBTI+. A Prefeitura do Rio montou um esquema especial para o evento, que inclui mudanças no trânsito, reforço na fiscalização e operação de limpeza.
Alterações no trânsito e transporte
A Avenida Atlântica será interditada a partir das 7h para a realização do evento. Todas as linhas de ônibus que circulam pelo bairro terão seus trajetos alterados durante o período do bloqueio.
Os coletivos que trafegam pela Avenida Atlântica no sentido Ipanema serão desviados pela Rua Barata Ribeiro. Já os ônibus que seguem no sentido Botafogo terão como rota alternativa a Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Os desvios serão os mesmos aplicados regularmente aos domingos.
A concentração da Parada está marcada para as 11h, no Posto 5 de Copacabana. As equipes municipais começam a atuar na região a partir das 6h, com monitoramento do Centro de Operações Rio (COR).
Operação de segurança e saúde
A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e a Guarda Municipal vão mobilizar aproximadamente 500 agentes para fiscalização do ordenamento urbano, patrulhamento preventivo e controle do tráfego. Desse total, cerca de 350 guardas atuarão nos pontos de bloqueio.
A operação vai reforçar as ações da Operação Verão, fiscalizando barraqueiros e ambulantes autorizados e combatendo o comércio irregular. Ambulantes autorizados estão proibidos de vender bebidas destiladas nas areias - apenas cerveja e refrigerante em lata ou água em garrafa plástica podem ser comercializados.
As equipes utilizarão drones e 21 câmeras de longo alcance instaladas pelo Centro de Operações e Resiliência para monitorar a movimentação do público. A Guarda Municipal também vai intensificar a distribuição de pulseiras de identificação para menores de idade.
Na área da saúde, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estará presente com o programa VanBora, oferecendo prescrição de PrEP e ações de promoção de saúde. Haverá uma tenda com vacinação contra dT (dupla adulto), febre amarela, covid-19, influenza, tríplice viral, HPV e hepatite B, com a presença do Zé Gotinha.
As atividades de saúde ocorrerão das 9h às 14h na Avenida Atlântica, no canteiro entre as ruas Djalma Ulrich e Almirante Gonçalves. Todos os quiosques da orla serão abastecidos com preservativos, e 20 promotores de saúde vão distribuir preservativos internos e externos, gel lubrificante e tatuagens temporárias durante o evento.
Limpeza e operação integrada
A Comlurb preparou um esquema especial de limpeza que começa às 7h para a pré-limpeza. No total, 290 garis atuarão antes, durante e depois da Parada, cobrindo areia, calçadão, ciclovia, canteiro central e ruas transversais, além dos acessos às estações de metrô.
A companhia disponibilizará 700 contêineres para descarte - 100 de 1,2 mil litros e 600 de 240 litros - além de utilizar pipas d'água, vans motobomba, caminhões compactadores e tratores de praia para a limpeza de todo o trajeto, do Posto 6 até a Avenida Princesa Isabel.
Ao todo, cerca de 810 agentes municipais estarão envolvidos no esquema de apoio ao evento. Segundo a Coordenadoria de Diversidade Sexual (CDS), a Parada deste ano integra ações de saúde, cidadania, assistência social e educação ambiental.
"A proposta é transformar a celebração em um espaço de cuidado, acolhimento, saúde e acesso real a direitos, fortalecendo a interseção entre festa, política pública e proteção social", disse a coordenadora da CDS, Diana Conrado.
"O Rio de Janeiro é a cidade da primeira Parada do Orgulho LGBTI+ do país. Isso diz muito sobre quem somos", reforçou a coordenadora.
A Parada do Orgulho LGBTI+ de Copacabana segue como um dos maiores e mais tradicionais eventos do país, reunindo centenas de milhares de pessoas todos os anos em uma celebração pela diversidade e direitos da comunidade LGBTI+.