
Parece que até os santos podem ter seus milagres negados. O Club Atlético San Lorenzo de Almagro, não é qualquer time — é a paixão de um dos homens mais influentes do planeta, o Papa Francisco — está literalmente contando os minutos para o que pode ser seu fim. Quatro dias. Esse é o prazo dramático que separa o clube da falência completa segundo investigação jornalística argentina.
A situação é tão grave que chega a dar calafrios. Uma dívida que beira os obscenos 20 bilhões de pesos argentinos — algo em torno de 22 milhões de dólares americanos — ameaça transformar em pó mais de um século de história. E olha que estamos falando de uma instituição que não é qualquer uma: fundada em 1908, o San Lorenzo carrega nas costas 15 títulos da primeira divisão e uma Copa Libertadores da América.
O time do Papa na corda bamba
O que me deixa realmente perplexo é pensar que Jorge Bergoglio, o Papa Francisco, sempre foi um fanático declarado do clube. Ele mesmo já contou inúmeras vezes como acompanhava os jogos com seu pai. Agora, enquanto o pontífice lida com questões globais, seu time de coração enfrenta uma batalha terrível pela própria existência.
A reportagem do jornalista argentino Juan Amorín — veiculada no programa «Pensándolo Bien» — revelou detalhes que assustam qualquer amante do futebol. A dívida cresceu de forma tão descontrolada que se tornou simplesmente impagável. E não estamos falando de qualquer time, mas de um que representa toda uma comunidade, uma identidade cultural.
Como chegamos a esse ponto?
Bom, a crise não apareceu do nada. Ela foi se arrastando, crescendo silenciosamente como uma tempestade perfeita. Alguns fatores que contribuíram para esse cenário catastrófico:
- Má gestão financeira ao longo de vários anos
- Contratos milionários que não deram retorno esperado
- Pandemia que afetou drasticamente as receitas
- Inflação galopante na Argentina que devorou orçamentos
E o pior de tudo? A torcida, essa paixão que move o futebol, está assistindo tudo isso de camarote, praticamente impotente. Imagino a angústia dos sócios e torcedores que viram seu time levantar taças internacionais agora vendo-o definhar.
E agora, o que esperar?
Honestamente, é difícil fazer previsões. O cenário mais otimista — se é que ainda existe otimismo nessa história — seria algum investidor emergencial ou um milagre dos céus, literalmente. Mas convenhamos: na economia atual da Argentina, encontrar alguém disposto a injetar milhões em um clube à beira do colapso não é exatamente fácil.
O que me deixa mais triste nisso tudo é perceber como até as instituições mais tradicionais não são imunes aos erros humanos e às crises econômicas. O San Lorenzo sobreviveu a guerras, ditaduras, crises econômicas anteriores... mas essa parece diferente. Mais visceral, mais definitiva.
Resta torcer — e talvez rezar, considerando a conexão papal — para que encontrem uma solução. Porque perder o San Lorenzo não seria apenas perder um clube de futebol, mas apagar parte da alma do futebol argentino. E isso, meus amigos, seria uma tragédia que iria muito além dos gramados.