
O que dizer desses dois amistosos da Seleção, hein? A gente fica ali na frente da TV, coração acelerado, torcendo para ver alguma luz no fim do túnel. E olha, teve coisa boa, mas também teve aquelas atuações que deixam a gente coçando a cabeça, sem entender muito bem o que se passa.
Vamos começar pelo que funcionou - porque sim, algo funcionou! O Dorival Júnior parece ter encontrado uma base interessante. A defesa, com Beraldo e Danilo, mostrou uma solidez que há tempos não víamos. Parece que finalmente alguém lembrou que futebol também se joga sem a bola.
Os que realmente impressionaram
Lucas Paquetá? Meu Deus, que jogador! O cara parece que tem três pulmões e uma visão de jogo que beira o sobrenatural. Ele foi praticamente um farol em meio a um mar de incertezas. E o Endrick? Ah, o garoto... só tem 17 anos mas joga com uma maturidade que assusta. Aquele gol contra a Inglaterra foi coisa de craque mesmo - não teve jeito, foi bonito demais.
Mas sabe o que me chamou mais atenção? A entrega do Galeno. O cara entrou em campo com uma fome de bola impressionante, dessas que contagia até o torcedor mais cético. E o Andreas Pereira também merece um tapinha nas costas - fez mais em 45 minutos do que alguns em tempo integral.
Do outro lado da moeda...
Agora, vamos falar da parte menos glamourosa. Richarlison... ai, Richarlison. A gente torce tanto por ele, mas parece que a confiança foi pro brejo. O cara tem qualidade, isso ninguém discute, mas tá precisando de uma injeção de ânimo - e rápido.
E o que dizer do Vini Jr? Todo mundo sabe do seu talento, mas contra essas seleções europeias ele pareceu... como dizer... previsível? Os marcadores já estudaram seus movimentos, e ele vai precisar dar mais um passo na evolução para conseguir furar esses bloqueios.
Bruno Guimarães também deixou um gosto meio amargo. A gente sabe que ele pode muito mais - e ele mesmo deve saber disso. Esperava-se uma atuação mais dominante no meio-campo.
E o goleiro, hein?
Bem, o Bento até que não fez feio, mas também não fez aquela exibição que grasse na memória. É aquela coisa: goleiro da Seleção tem que ser diferente, tem que decidir. A impressão que ficou é que ainda falta um pouco dessa tal 'casca'.
E agora, José?
Olha, o Dorival tem trabalho pela frente - e não é pouco. A base até que parece promissora, mas os detalhes... ah, os detalhes que fazem a diferença. O time mostrou que consegue se defender razoavelmente bem, mas na hora de criar contra defesas organizadas, ainda patina bastante.
O que me preocupa? A tal da 'identidade'. A gente ainda vê um time que parece estar se descobrindo em campo, tentando entender qual é o seu jeito de jogar. E tempo é algo que não temos em abundância.
Mas calma, não é hora de desespero. Esses amistosos serviram justamente para isso: para testar, errar e acertar. O importante é que as lições sejam aprendidas - e rápido.
No final das contas, o que a gente quer é simples: ver aquela Seleção de volta, jogando com a garra e a qualidade que sempre nos caracterizou. E pelo que vimos, o caminho é longo, mas não impossível. Vamos acompanhando...