Imaginem só: 26 anos entre os três pauzinhos. Uma vida inteira defendendo meta. E não é que o cara simplesmente virou uma lenda viva? Fábio, o guardião do Fluminense, não para de escrever história.
Nesta terça-feira (20), ele não apenas jogou – ele entrou para a história. De forma absoluta. A partida contra o Madureira, pelo Cariocão, foi o seu jogo de número 1.129. Sim, você leu certo. Mil, cento e vinte e nove.
Isso o coloca num patamar tão alto, tão distante, que chega a dar vertigem. Ele agora está sozinho no topo do ranking de atletas com mais partidas no futebol brasileiro, desde que os registros começaram a ser feitos, lá em 1959. Um feito que beira o inacreditável.
Um Gigante com Nome e Sobrenome
E olha que a lista que ele ultrapassou não é para qualquer um. Deixou para trés um monstro sagrado como Rogério Ceni, que parou em 1.128. O Fábio, com sua quietude e eficiência característica, simplesmente deu mais um passo à frente.
Mas sabe qual é a parte mais bonita dessa saga toda? A trajetória dele. Diferente de outros que pulavam de time em time, a carreira do Fábio é marcada por uma constância quase romântica. A imensa maioria desses mais de mil jogos foi vestindo o manto tricolor das Laranjeiras. Virou sinônimo do clube.
Muito Mais que Números
Claro, os números gritam por si só. Mas a grandeza dele vai muito além de uma estatística. É sobre presença. É sobre confiança. Quantas vezes aquele homem de 44 anos – sim, quarenta e quatro! – tirou um frango impossível com uma certa tranquilidade que só os grandes têm?
É uma carreira construída com suor, com reflexos absurdos e, principalmente, com uma paixão pelo jogo que não esfriou com o tempo. Uma lição de amor à camisa e de resiliência num esporte cada vez mais efêmero.
Enquanto muitos se aposentam, ele segue firme. Quebrando recordes, virando ídolo e mostrando que, às vezes, a maior velocidade é a da constância. E o mais incrível? A conta ainda não fechou. A lenda continua sendo escrita, jogo após jogo.
