Um episódio de discriminação marcou a partida entre Juventude e Atlético-GO, válida pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro Série A. O árbitro da partida, Bruno Arleu de Araújo, registrou oficialmente na súmula do jogo a ocorrência de cânticos homofóbicos proferidos por torcedores durante o confronto.
Registro oficial na súmula
De acordo com a súmula do jogo, aos 14 minutos do segundo tempo, "torcedores do Juventude entoaram cânticos homofóbicos, com os versos: 'sem mim você não é gay, sem mim você não é gay, sem mim você não é nada'". O árbitro deixou registrado que "os cânticos homofóbicos foram entoados em repetidas oportunidades".
Procedimento padrão foi adotado
Segundo o protocolo estabelecido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para casos de discriminação, o árbitro determinou que fosse feita uma comunicação por alto-falante no estádio Alfredo Jaconi. O anúncio alertou que o jogo poderia ser interrompido caso os cânticos discriminatórios persistissem.
Possíveis consequências
O registro na súmula significa que o caso será analisado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O Juventude poderá sofrer penalidades, que podem incluir multas e até mesmo a perda de pontos no campeonato, dependendo da gravidade do caso e do histórico do clube.
Combate à discriminação no futebol
Este não é o primeiro caso do tipo registrado no futebol brasileiro. A CBF tem intensificado as campanhas contra a discriminação nos estádios, seguindo diretrizes internacionais. O registro do árbitro na súmula demonstra a seriedade com que as autoridades esportivas estão tratando esses episódios.
O jogo terminou com a vitória do Atlético-GO por 2 a 1, mas a mancha dos cânticos homofóbicos deixou um gosto amargo na partida, levantando novamente a discussão sobre a necessidade de combater efetivamente a discriminação nos estádios brasileiros.