
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) entrou em campo para rebater publicamente as acusações feitas por Juan Pablo Gómez, presidente do Fortaleza, sobre uma suposta interferência na arbitragem do clássico-Rei contra o Ceará. Em resposta contundente, a entidade apresentou sua versão dos fatos e revelou detalhes que mudam completamente o rumo da polêmica.
O que realmente aconteceu com o áudio do árbitro?
De acordo com a CBF, o árbitro Luiz César de Oliveira Magalhães manteve seu equipamento de rádio ligado durante todo o jogo, contrariando as alegações de que o áudio teria sido cortado intencionalmente. A confederação foi categórica ao afirmar que nunca houve qualquer interrupção no sistema de comunicação dos árbitros durante a partida.
Em documento oficial enviado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a CBF detalhou que o equipamento funcionou perfeitamente desde o início da partida, às 16h, até o apito final. A entidade reforçou que todos os procedimentos padrão foram seguidos e não houve qualquer anomalia no sistema.
Fortaleza alega prejuízo esportivo
A resposta da CBF veio após Juan Pablo Gómez enviar uma representação ao STJD alegando que o clube sofreu prejuízo esportivo devido à suposta falha no áudio. O presidente do Fortaleza chegou a afirmar publicamente que a situação configurava uma "intervenção humana" no funcionamento do equipamento.
O clube cearense pedia, na ocasião, a anulação do jogo e a consequente classificação do Fortaleza para a próxima fase da Copa do Brasil, onde o Leão do Pici seria reencontrado com seu rival.
Provas técnicas contradizem acusações
A CBF não apenas negou as acusações como apresentou evidências técnicas que comprovam o perfeito funcionamento do sistema. A entidade destacou que:
- O rádio do árbitro permaneceu ligado durante toda a partida
- Não houve qualquer registro de interrupção no sistema
- Todos os protocolos de segurança foram seguidos
- O equipamento passou por verificações prévias ao jogo
A confederação enfatizou que não compactua com qualquer tipo de interferência no andamento natural das partidas e reafirmou seu compromisso com a transparência e lisura dos campeonatos que organiza.
Esta polêmica aconteceu no contexto do clássico-Rei válido pela Copa do Brasil, onde o Ceará saiu vitorioso e eliminou o Fortaleza da competição, aumentando ainda mais a tensão entre as diretorias dos dois clubes e alimentando discussões sobre a arbitragem no futebol brasileiro.