Nada como um gesto simples para esquentar o inverno da vida de quem mais precisa. Na última semana, o CEAC (Centro Educacional de Ação Comunitária) fez chover — ou melhor, fez aquecer — o Lar São Vicente, em Iracemápolis, com doações de cobertores que prometem tornar as noites geladas menos cruéis para os idosos atendidos pela instituição.
E não foi só tecido que chegou por lá. Junto com os cobertores, veio aquela energia boa que só quem faz o bem sabe transmitir. "É emocionante ver o sorriso no rosto de cada residente", contou uma das voluntárias, enquanto arrumava as doações no dormitório. Parece pouco? Pois para quem vive com recursos limitados, um cobertor novo pode significar a diferença entre uma noite de tremores e um sono tranquilo.
Solidariedade que contagia
O que começou como uma campanha interna no CEAC rapidamente ganhou proporções maiores. Funcionários, alunos e até moradores da região se mobilizaram — uns doaram cobertores, outros se ofereceram para ajudar na distribuição. Até criança entrou na dança, fazendo cartinhas cheias de corações para os vovôs e vovós.
"A gente até perdeu as contas de quantas peças arrecadamos", brincou o coordenador do projeto, enquanto empilhava as doações. Mas uma coisa é certa: foi o suficiente para garantir que ninguém no Lar São Vicente passe frio nesta temporada.
Mais que agasalho, acolhimento
Quem pensa que a ação se resumiu a entregar os cobertores e ir embora está enganado. Os voluntários prepararam uma verdadeira festa de confraternização — com direito a café quentinho, bolo caseiro e muitas histórias trocadas. "Alguns idosos nem queriam mais que a gente fosse embora", contou emocionada uma das participantes.
E os benefícios vão além do óbvio. Segundo a diretora do Lar São Vicente, iniciativas como essa renovam a autoestima dos residentes. "Eles se sentem lembrados, amados. Isso aquece por dentro, onde o frio costuma ser mais intenso."
Enquanto isso, no CEAC, já começam os planos para novas ações. "Se depender da nossa equipe, essa vai ser só a primeira de muitas", prometeu um dos organizadores. E nós torcemos para que sim — porque solidariedade, assim como o frio, também é contagiosa.
