O ator Dylan O'Brien está de volta às telonas com uma performance profundamente emocional no filme Twinless, que já está em cartaz nos cinemas brasileiros. A produção, dirigida e também protagonizada por James Sweeney, mergulha nas complexas águas do luto, da identidade e da busca por conexão.
Uma história de perda e encontro inesperado
A trama acompanha Roman, personagem de Dylan O'Brien, que se vê desamparado após a morte repentina de seu irmão gêmeo. Incapaz de processar a ausência do seu reflexo vivo, o jovem enfrenta uma solidão avassaladora, marcada pela falta do companheirismo único e da comunicação sem esforços que caracterizava sua relação fraterna.
A busca por algum tipo de alívio o leva a um grupo de apoio para enlutados. É nesse ambiente que ele conhece Dennis, vivido pelo diretor James Sweeney. Ambos compartilham uma dor profunda e, rapidamente, desenvolvem uma ligação intensa e peculiar.
Uma fraternidade que tenta preencher um vazio
Roman e Dennis embarcam em uma relação que, de certa forma, tenta emular a dinâmica de irmandade que Roman perdeu. Eles constroem uma proximidade que parece oferecer um conforto imediato para a carência de ambos. No entanto, o longa é sagaz ao evitar soluções fáceis.
Reviravoltas cativantes surgem no caminho dos dois personagens, servindo para frisar uma verdade dolorosa: nenhuma relação humana é verdadeiramente substituível. O filme navega por essa ambiguidade, mostrando o alívio que a nova amizade proporciona, mas também os limites e as diferenças inerentes a qualquer tentativa de replicar um vínculo tão singular quanto o de gêmeos idênticos.
Um olhar cru e mordaz sobre a solidão
O resultado final, conforme apontado pela crítica, é um retrato vulnerável e ao mesmo tempo irônico da solidão humana. Twinless não tem medo de explorar a dor de forma crua, mas o faz com uma sensibilidade que evita o melodrama excessivo. A narrativa oferece um olhar deliciosamente mordaz sobre como lidamos com a carência e como buscamos, muitas vezes de formas desesperadas e criativas, preencher os vazios deixados por quem amamos.
O filme, que chegou aos cinemas em dezembro de 2025, se destaca por sua abordagem honesta e pelas atuações convincentes de seu elenco, promovendo uma reflexão poderosa sobre luto, identidade e as formas imprevisíveis como as conexões humanas podem se formar.