O famoso rapper e produtor musical Sean "Diddy" Combs está cumprindo uma sentença de quatro anos de prisão após ser condenado por transporte de pessoas para fins de prostituição. A transformação visual do artista chamou atenção, mostrando-o com cabelos grisalhos e barba por fazer em registro feito na prisão federal de Fort Dix, em Nova Jersey.
A condenação e transferência
Sean Combs foi transferido para a prisão federal de Fort Dix em 30 de outubro de 2025, local onde surgiram as primeiras imagens do rapper com aparência bastante diferente da usual. A sentença havia sido divulgada no dia 3 de outubro, determinando quatro anos de reclusão e uma multa de 500.000 dólares - valor máximo que a Justiça poderia cobrar pelo crime.
O processo judicial contra Diddy teve um desfecho parcial em 2 de julho, quando ele foi absolvido da acusação de tráfico sexual, mas condenado pelo crime federal de transporte de pessoas com fins de prostituição. Se fosse considerado culpado por todas as acusações originais, o rapper enfrentaria a possibilidade de prisão perpétua.
Vida na prisão e alegações da defesa
Dentro do sistema prisional, Diddy conseguiu uma posição cobiçada entre os detentos: o cargo de assistente de capelão na prisão de Fort Dix. Suas funções incluem organização e limpeza dos espaços de socialização e administração, como biblioteca e escritório. Além disso, o rapper participa de um tratamento para dependência química oferecido dentro da instituição.
A defesa do artista alegou durante o processo que ele já havia cometido violência doméstica e enfrentava problemas de vício, mas argumentou que as acusações de comando de uma gangue dedicada ao tráfico humano eram "gravemente exageradas".
O caso P. Diddy: múltiplas acusações
Além das condenações formais, o caso de P. Diddy envolve numerosas alegações de comportamento abusivo e agressões físicas e verbais contra mulheres e homens. A cantora Cassie Ventura, ex-namorada do rapper, foi a primeira a levantar acusações públicas, alegando ter sido estuprada repetidamente por ele e obrigada a usar drogas e manter relações sexuais com outros homens enquanto Diddy assistia.
As investigações revelaram um padrão perturbador de comportamento:
- Cassie Ventura afirmou que além do sexo forçado com terceiros, era regularmente espancada por Diddy
- Outras sete mulheres e dois homens apresentaram queixas de violência contra o rapper
- A polícia encontrou elementos suspeitos em festas privadas promovidas por Combs
As chamadas "freak offs" (surtos) organizadas por Diddy envolviam a coerção de mulheres para usar drogas e manter relações sexuais com garotos de programa, enquanto o próprio rapper assistia a tudo e se masturbava durante os atos. Nas mansões do artista em Los Angeles e Miami, a polícia apreendeu drogas, fuzis e mais de 1.000 frascos de óleo para pele de bebê e lubrificantes - produtos que, em teoria, seriam destinados a essas orgias.
O caso continua a gerre repercussão na indústria musical e no debate público sobre abuso de poder e violência sexual no meio artístico.