O rei Charles III tomou uma medida decisiva e oficial contra seu irmão, o ex-príncipe Andrew. Nesta segunda-feira, 1 de dezembro de 2025, o monarca determinou a remoção de Andrew dos registros das duas últimas ordens de cavalaria que ainda mantinha, em um movimento que consolida seu afastamento da família real.
O Ato Oficial no Diário Público
A decisão real foi formalizada através de uma publicação no jornal The Gazette, o registro público oficial do Reino Unido. A nota informava que o nome de Andrew Mountbatten-Windsor havia sido eliminado dos registros da Ordem da Jarreteira e da Ordem Real Vitoriana. Esta ação representa o passo final em um processo de distanciamento que vinha se desenrolando há anos.
A Ordem da Jarreteira é considerada a mais antiga e prestigiada ordem de cavalaria britânica, um símbolo máximo de honra. Já a Ordem Real Vitoriana reconhece serviços excepcionais prestados diretamente ao soberano e à família real, tanto no Reino Unido quanto em toda a Commonwealth. A filiação a esses grupos é extremamente exclusiva e carrega um peso simbólico imenso.
O Contexto do Escândalo Epstein
Esta atualização nos registros reais não é um evento isolado. Ela acontece pouco mais de um mês após um anúncio crucial. Em 17 de outubro de 2025, o próprio ex-príncipe Andrew declarou que renunciaria ao uso de seus títulos e honrarias reais. Essa decisão foi tomada em meio a intensas investigações e à pressão pública sobre sua suposta ligação com o criminoso sexual Jeffrey Epstein, falecido em 2019.
As alegações de que Andrew teria se associado a Epstein, um financeiro americano condenado por tráfico sexual, geraram um enorme dano à imagem da monarquia. O caso resultou até em um acordo judicial milionário fora dos tribunais, mas as consequências para seu status público e familiar foram irreversíveis.
O Fim de uma Era para Andrew
A ação do rei Charles III marca o capítulo final na remoção formal de Andrew da vida institucional da realeza. Ao retirá-lo da Ordem da Jarreteira e da Ordem Vitoriana, o monarca sinaliza que não há espaço para a figura de seu irmão nas cerimônias e símbolos oficiais da Coroa. É uma decisão que reforça a mensagem de que a instituição busca se proteger de escândalos e priorizar sua estabilidade.
Especialistas em assuntos reais veem o movimento como uma tentativa de Charles III de traçar uma linha definitiva sob um período conturbado e começar seu reinado com um foco renovado. A medida demonstra a autoridade do novo rei em tomar decisões difíceis, mesmo quando envolvem membros diretos da família.
Com este ato, o ex-príncipe Andrew perde seus últimos vínculos formais com as honrarias de Estado, consolidando seu status como uma figura apartada do núcleo operacional da monarquia britânica. O episódio serve como um forte lembrete de como escândalos pessoais podem ter repercussões profundas e duradouras, mesmo nas instituições mais tradicionais.