O mundo da moda e da cultura está em polêmica após o anúncio de que Jeff Bezos e Lauren Sánchez serão os patrocinadores principais do Met Gala 2026. A revelação, feita na semana passada, desencadeou uma onda imediata de reações negativas nas redes sociais, com críticos acusando o casal de tentar comprar sua entrada em círculos culturais tradicionalmente inacessíveis.
Reação nas redes sociais
Nas plataformas digitais, especialmente no Instagram, a notícia foi recebida com ceticismo e indignação. Um dos usuários foi direto ao ponto: "Parem de dar plataforma a Jeff Bezos e Lauren Sánchez com arte e moda, dois lugares aos quais esses dois capitalistas terríveis e desenfreados nunca pertencerão", escreveu, completando que o dinheiro não pode comprar uma cultura que o casal nunca cultivou.
Outras críticas seguiram o mesmo tom, questionando a aquisição de influência em instituições culturais. "Então compraram a Vogue, agora compraram o Met, mas ainda não conseguem comprar a classe", disparou outra pessoa, em uma referência à crescente influência do bilionário fundador da Amazon no setor.
A defesa de Anna Wintour
Do outro lado da moeda está Anna Wintour, uma das figuras mais poderosas do universo da moda. Apesar de ter deixado o cargo de editora-chefe da Vogue US no início de 2025, ela mantém suas funções como diretora editorial global da Vogue e diretora de conteúdo da Condé Nast, continuando a supervisionar o evento anual do Met Gala.
Questionada sobre as críticas ao patrocínio do casal Bezos, Wintour saiu em sua defesa. Ela descreveu Lauren Sánchez como uma "grande amante de figurino e obviamente de moda", validando publicamente a escolha e atestando o interesse genuíno da futura patrocinadora pelo tema do evento.
O que significa esse patrocínio?
A polêmica vai além de uma simples discussão sobre gostos pessoais. Os críticos enxergam o anúncio como um sintoma de uma mudança mais profunda, onde o poder financeiro começa a exercer um controle crescente sobre instituições culturais consagradas. O episódio levanta questões sobre a autonomia da arte e da moda frente ao capital e quem tem o direito de ditar suas regras e acessos.
O Met Gala 2026, com sua nova configuração de patrocínio, promete ser um dos eventos mais comentados dos próximos anos, não apenas pelas roupas, mas pelo debate cultural e econômico que já começou.