
Parece que os ânimos andam mesmo acirrados nos corredores do cinema nacional. E olha que não é sobre orçamento ou crítica, não — a coisa é bem mais pessoal.
Um daqueles veteranos que todo mundo reconhece mas poucos sabem o nome — justamente o ator que interpretou um dos capitães no primeiro Tropa de Elite — está literalmente fumegando. O motivo? Wagner Moura ter sido escolhido para dar vida ao Capitão Nascimento na nova versão que está sendo produzida nos Estados Unidos.
O que realmente aconteceu nos bastidores
Segundo fontes próximas ao meio — daquelas que falam apenas sob condição de anonimato, claro —, o tal ator não mediu palavras ao expressar seu descontentamento. E não foi uma simples reclamação de camarim, não. Foi daquelas raivas que fazem até o café esfriar.
"Como assim trazem um cara de esquerda declarado para interpretar um personagem que é a antítese disso tudo?" — teria sido uma das pérolas soltas durante seu acesso de fúria. A questão ideológica, aparentemente, pesou mais do que qualquer consideração artística.
Os dois lados da moeda
De um lado, temos o veterano — com toda sua bagagem e, vamos combinar, certo direito a se sentir desprezado. Afinal, dedicou sangue, suor e lágrimas à franquia original.
Do outro, Wagner Moura — que, convenhamos, construiu uma carreira internacional sólida e tem créditos mais do que suficientes para encarar o desafio. Mas e a tal "identidade ideológica" do personagem? Será que isso realmente importa na hora da atuação?
É aquela velha história: arte reflete a vida ou a vida que imita a arte? No meio desse imbróglio, fica difícil dizer.
O elefante na sala
O que ninguém está dizendo alto, mas todo mundo está pensando: será que não há um fundo de ciúme profissional nessa história toda? Digo, é compreensível — ver outro ator, especialmente um com visões políticas opostas, herdando um papel icônico deve doer mais do que café derramado no colo.
Mas cá entre nós: o público vai mesmo se importar com as convicções políticas do ator quando as cenas de ação começarem? Duvido muito.
O que restará no final das contas é a qualidade da interpretação — e aí, meus amigos, é com Wagner Moura. A pressão está colocada, e como!
Enquanto isso, nos bastidores, a poeira ainda não baixou completamente. E algo me diz que essa não será a última vez que ouviremos falar dessa polêmica.