No coração do sertão cearense, uma mulher está reescrevendo a história da gastronomia regional. Dina Pereira, com suas mãos habilidosas e visão empreendedora, transformou sabores antes subestimados da caatinga em verdadeiras iguarias que conquistaram o paladar de brasileiros de norte a sul.
Da Terra Árida ao Sucesso Nacional
O que começou como uma produção caseira para complementar a renda familiar se transformou em um negócio próspero. Dina descobriu que os frutos típicos do semiárido – como umbu, caju e maracujá do mato – escondiam potencial gastronômico que poucos exploravam.
"As pessoas achavam que da caatinga só vinha coisa ruim, seca, dificuldade. Eu quis mostrar que daqui também sai doçura, sai riqueza", conta a empreendedora com orgulho.
O Ponto de Virada
A parceria com o SEBRAE Ceará foi fundamental para profissionalizar a produção. Através de capacitações e consultorias, Dina aprendeu sobre:
- Boas práticas de fabricação
- Embalagens atrativas
- Gestão financeira
- Estratégias de comercialização
O resultado foi a criação de uma linha de doces em compota, geleias e licores que preservam o sabor autêntico dos frutos, mas com qualidade industrial.
Reconhecimento Além-Fronteiras
Hoje, os produtos de Dina Pereira não ficam mais restritos ao Ceará. Suas delícias já podem ser encontradas em:
- Feiras nacionais de gastronomia
- Lojas de produtos regionais em grandes centros
- E-commerce especializado
- Hotéis e restaurantes temáticos
Um Legado de Resistência e Sabor
Mais do que uma empresária bem-sucedida, Dina se tornou símbolo de resistência e inovação. Sua história prova que o sertão não é apenas um lugar de desafios, mas também de oportunidades únicas.
"Quando vejo alguém de São Paulo ou do Rio apreciando meus doces, sinto que estou mostrando o melhor do meu sertão para o Brasil", emociona-se a empreendedora.
Com planos de expandir ainda mais e criar novas receitas, Dina Pereira continua provando que a verdadeira doçura brasileira nasce onde menos se espera: no solo árido, mas fértil em criatividade, da caatinga.