Do hobby à profissão: a transformação através das agulhas
A artesã Alliny Duarte, de 36 anos, conquistou espaço na Exposição-Feira Agropecuária de Roraima (Expoferr) 2025 com seu talento único em criar chaveiros de crochê. O evento, que começou no dia 4 de novembro e terminou no sábado, 8 de novembro, em Boa Vista, serviu como palco para demonstrar como um simples hobby pode se transformar em uma promissora fonte de renda.
Há aproximadamente dois anos, Alliny descobriu no crochê não apenas uma atividade prazerosa, mas também uma forma de terapia e sustento para sua família. "Sou formada na área de estética, mas, como tenho dois filhos pequenos e não conseguia trabalhar fora, procurei uma forma de ter uma renda em casa", revela a artesã.
Diversidade e criatividade nas miniaturas
A coleção apresentada na feira agropecuária impressiona pela variedade e originalidade. Entre as peças mais populares estão:
- Melancias coloridas e vibrantes
- Girassóis que parecem capturar a luz do sol
- Caveirinhas temáticas de Halloween
- Gatinhos pretos que encantam os amantes de animais
- Bichinhos fofinhos e pingentes coloridos
- Flores delicadas e cheias de vida
A estratégia de Alliny para manter o interesse do público é simples, porém eficaz: "Sempre procuro adaptar os temas: na Páscoa faço coelhinhos, no Halloween as caveiras. Assim o público se identifica mais com as peças", explica.
Acessibilidade como diferencial
Embora também produza tops de crochê e outras peças maiores, a artesã identificou que os chaveiros são os campeões de vendas. O segredo do sucesso está na acessibilidade: "Nem todo mundo pode comprar um tapete ou uma blusa de crochê, que são mais caros. O chaveiro é acessível e serve até de presente. Dá pra levar dois, três, e ainda apoiar o trabalho artesanal", comenta.
A trajetória de aprendizado de Alliny começou com vídeos na internet e inspiração na mãe, que também dominava a técnica do crochê. Participando pela primeira vez da feira agropecuária, ela comemora o reconhecimento obtido: "O pessoal gosta, pergunta, elogia. É gratificante ver que o que a gente faz com tanto carinho desperta interesse das pessoas".
Além do aspecto financeiro, a artesã destaca o valor terapêutico da atividade: "O crochê virou um refúgio, uma terapia não só pra mim, mas pra muita gente que viveu o isolamento da pandemia".
Para acompanhar o trabalho de Alliny, ela compartilha suas criações através das redes sociais, mantendo viva a tradição do artesanato com um toque contemporâneo.