A atriz Mel Lisboa viveu um momento de profunda emoção ao receber o prêmio de melhor atriz na 17ª edição da FITA (Festa Internacional de Teatro de Angra). A cerimônia aconteceu na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, no Rio de Janeiro, o mesmo local onde ela pisou pela primeira vez em um palco ainda na infância.
Um ciclo que se fecha
Com visível emoção, Mel Lisboa compartilhou com o público a importância do momento. "Há 35 anos eu comecei a fazer o curso livre de teatro da Laura Alvim. Eu tinha 8 anos. No final do ano, havia uma apresentação com os alunos. Foi a primeira vez que pisei num palco", revelou a atriz.
Ela conquistou o prêmio por sua atuação no espetáculo "Rita Lee - Uma Autobiografia Musical", que tem sido um grande sucesso de público. Sobre a experiência, ela filosofou: "Um ciclo que se fecha, mas não se encerra", referindo-se à cerimônia realizada na terça-feira (11) à noite.
Outros premiados da noite
O tributo a Rita Lee não foi o único destaque da noite. A produção também garantiu os prêmios de melhor espetáculo do júri popular e melhor atriz coadjuvante para Débora Reis.
Outro espetáculo que brilhou foi "E Vocês, Quem São?", que levou três troféus: melhor espetáculo, melhor trilha sonora e melhor ator para Samuel de Assis. Para o ator, este foi um momento especialmente marcante - seu primeiro prêmio em 26 anos de carreira.
"Eu já estava feliz por receber sete indicações na Festa Internacional de Teatro de Angra para o espetáculo que mudou a minha vida, mas ser premiado foi extremamente emocionante", declarou Samuel de Assis.
Homenagens especiais
A noite também foi de reconhecimento para veteranos do teatro brasileiro. Diogo Vilela foi homenageado pelos seus 55 anos de carreira, enquanto Osmar Prado recebeu o prêmio especial do júri por "O Veneno do Teatro", peça que o júri considerou uma verdadeira declaração de amor à profissão.
O festival, que aconteceu entre 22 de agosto e 7 de setembro, apresentou cinquenta peças de diversos estilos e origens. Na edição anterior, o ator homenageado havia sido Othon Bastos.
Mel Lisboa finalizou seu discurso com uma reflexão poética: "É a vida nos ensinando, como dizia Madame Blavatsky, que se formos colhendo as flores que nos aparecem no caminho, fazemos um buquê. E que lindo buquê".
