O icônico Parque do Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, está prestes a ganhar uma significativa expansão de sua área verde. A partir deste domingo (23), tem início a segunda fase das obras da Orla Burle Marx, que promete transformar completamente uma área atualmente degradada.
Detalhes do projeto de revitalização
Com investimento de R$ 7,8 milhões, o projeto executivo assinado pelo escritório Burle Marx vai requalificar uma extensão de 20 mil metros quadrados nas imediações do Museu de Arte Moderna (MAM). A área, que hoje abriga um posto de gasolina, uma locadora de veículos e um estacionamento, será totalmente transformada em espaço de lazer e convivência.
A previsão é que as obras sejam concluídas até junho de 2026, segundo informações da Prefeitura do Rio. O projeto inclui a criação de novos caminhos para pedestres, áreas para realização de eventos e ampliação significativa da cobertura vegetal.
Infraestrutura e melhorias previstas
O plano de revitalização contempla intervenções abrangentes em toda a área. Serão implementados 20 mil metros quadrados de paisagismo e pavimentação, além de 4 mil metros de iluminação e mais de 6 mil metros quadrados de asfalto novos.
Outra novidade importante é a criação de uma área específica para embarque e desembarque de táxis e veículos de aplicativo. Esta solução visa melhorar o fluxo de visitantes do Museu de Arte Moderna, da casa de shows Vivo Rio e da própria Orla Burle Marx.
Histórico e contexto do parque
O Parque do Flamengo carrega consigo uma rica história do urbanismo brasileiro. Inaugurado em 1965, o espaço é considerado um dos marcos do modernismo no país. O projeto foi idealizado por Carlota de Macedo Soares, com arquitetura de Affonso Eduardo Reidy e o célebre paisagismo de Roberto Burle Marx.
Esta segunda etapa da Orla Burle Marx dá continuidade aos trabalhos iniciados em 2024, por ocasião da Cúpula do G20. Na primeira fase, foram investidos R$ 32 milhões na revitalização do entorno do Vivo Rio, incluindo a recuperação do jardim japonês que estava abandonado há 25 anos.
A transformação desta área representa não apenas uma melhoria estética, mas um significativo avanço na qualidade de vida dos cariocas e visitantes, reforçando o compromisso com a preservação do patrimônio urbanístico e ambiental da cidade.