
O Museu de Arte de São Paulo (MASP) está sob investigação após a venda de 20 cavaletes projetados pela renomada arquiteta Lina Bo Bardi. Os itens, considerados patrimônio cultural tombado, foram comercializados sem a devida comunicação ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Segundo fontes próximas ao caso, a transação ocorreu em junho de 2025 e levantou questionamentos sobre a legalidade do procedimento. O Iphan, órgão responsável pela proteção do patrimônio cultural brasileiro, afirmou que não foi informado sobre a venda, o que pode configurar uma violação das normas de preservação.
O valor histórico dos cavaletes
Os cavaletes em questão são peças icônicas do acervo do MASP, criados pela própria Lina Bo Bardi para expor obras de arte no museu. Eles representam não apenas um marco do design modernista, mas também um símbolo da história da instituição.
Especialistas em patrimônio cultural destacam que a comercialização de bens tombados sem autorização prévia do Iphan pode acarretar em penalidades, incluindo multas e até a anulação da venda.
Repercussão e próximos passos
A situação gerou debate entre arquitetos, historiadores e amantes da arte, que questionam a gestão do acervo do museu. Enquanto isso, o MASP ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
O Iphan já iniciou os trâmites para apurar os fatos e determinar se houve descumprimento da legislação de proteção ao patrimônio cultural. A expectativa é que o museu seja notificado para prestar esclarecimentos nos próximos dias.