Arquiteto denuncia falta de bancos no Aeroporto de Fortaleza
Falta de bancos no Aeroporto de Fortaleza gera indignação

Um arquiteto registrou uma situação de desconforto e falta de acessibilidade no Aeroporto Internacional de Fortaleza, no Ceará. Lucas Rozzoline utilizou as redes sociais para denunciar a ausência total de bancos e cadeiras em áreas de uso comum do terminal, deixando passageiros e acompanhantes sem onde se sentar.

Problema afeta áreas de espera pública

O fato ocorreu no último sábado, 29 de junho, quando Lucas desembarcou na capital cearense. Ao procurar um local para aguardar sua namorada, ele notou que todos os assentos que costumavam existir haviam desaparecido. Os bancos foram removidos do saguão principal e das zonas onde as pessoas aguardam por táxis ou carros de aplicativo.

Conforme o relato do profissional, as únicas cadeiras disponíveis estavam restritas às áreas de embarque e desembarque, setores que exigem a apresentação de passagem aérea para acesso. Isso significa que quem aguarda por alguém ou precisa de um momento de descanso após uma longa viagem fica completamente desassistido.

Indignação técnica e jurídica

Lucas Rozzoline, que é arquiteto urbanista e trabalha com acessibilidade, destacou que a questão vai além do mero incômodo. Ele argumenta que espaços de uso público e coletivo devem oferecer um mínimo de conforto aos usuários. A situação é especialmente crítica para grupos vulneráveis.

"Imagina uma mulher grávida chegar lá, uma criança, ou um idoso, ou uma pessoa com deficiência. Então as pessoas precisam se sentar", explicou ele, ressaltando que sua indignação tem embasamento técnico e jurídico.

Dezenas de passageiros em situação desconfortável

Durante o tempo em que permaneceu no local, o arquiteto observou que dezenas de pessoas estavam na mesma situação. Passageiros permaneciam em pé, com malas e pertences no chão, aguardando seus transportes com visível desconforto. A impressão de Lucas foi de que a retirada dos assentos foi uma ação planejada pela administração do aeroporto.

O portal g1 tentou obter um posicionamento da Fraport Brasil, empresa que administra o Aeroporto de Fortaleza, mas não recebeu nenhuma resposta até o momento da publicação da denúncia. A falta de esclarecimentos oficial aumenta a preocupação sobre a manutenção das condições básicas de acolhimento no terminal.

A ausência de mobiliário básico em um equipamento público de grande fluxo, como um aeroporto internacional, levanta sérias questões sobre inclusão, acessibilidade e o cumprimento de normas que garantem o bem-estar dos cidadãos. A situação relatada em Fortaleza serve de alerta para a necessidade de fiscalização constante desses espaços.