Casarão histórico do Piauí reabre as portas ao público
Um importante marco da história política e arquitetônica de Teresina está prestes a receber visitantes novamente. A antiga casa do ex-governador do Piauí Eurípedes de Aguiar, localizada no Centro da capital, será reaberta para visitação pública a partir da próxima sexta-feira (21) até o dia 10 de dezembro.
Detalhes da visitação ao patrimônio
A confirmação da reabertura veio através de Lydia Moraes, neta do ex-governador, que explicou a decisão: "Como estou indo passar alguns dias em Teresina, vamos aproveitar para abrir a casa para visitação". Esta será uma rara oportunidade para o público conhecer este patrimônio que permaneceu fechado desde 2015, quando faleceu Genu Moraes, mãe de Lydia e filha de Eurípedes de Aguiar, que foi a última moradora do casarão.
Os horários de funcionamento foram estabelecidos para atender diferentes públicos:
- Segunda a sexta-feira: das 9h às 17h
- Sábados: das 9h às 14h
O endereço do casarão é Avenida Antonino Freire, 1371, no Centro de Teresina, localização privilegiada que facilita o acesso de visitantes.
História e importância arquitetônica
De acordo com registros da Secretaria de Cultura do Piauí (Secult), o casarão foi construído na década de 1920 pelo renomado arquiteto Luís Mendes Ribeiro Gonçalves. A construção representa um testemunho vivo da arquitetura residencial aristocrática do início do século XX no Piauí.
A última moradora, Maria Genoveva de Aguiar Moraes, conhecida como Genu Moraes, era uma figura emblemática da sociedade piauiense. Nascida em 15 de fevereiro de 1927, ela faleceu em janeiro de 2015, aos 87 anos, deixando um legado de pioneirismo e atuação política.
Genu Moraes foi uma das primeiras mulheres a dirigir no Piauí e também fez história ao presidir o Sindicato dos Jornalistas do Maranhão, sendo a primeira mulher a ocupar este cargo em todo o país. Sua trajetória política incluiu o mandato de vereadora em São Luís do Maranhão e a chefia do cerimonial do Palácio de Karnak durante os governos de Alberto Silva e Mão Santa.
A reabertura temporária deste casarão representa não apenas uma oportunidade de contemplar a arquitetura histórica, mas também de reviver momentos importantes da trajetória política e social do Piauí através das memórias preservadas entre suas paredes.
