13 pinguins-de-magalhães retornam ao mar em Florianópolis após reabilitação
Pinguins-de-magalhães são soltos em praia de Florianópolis

Um grupo de treze pinguins-de-magalhães retomou a liberdade no mar na manhã desta sexta-feira, 5, na Praia do Moçambique, em Florianópolis. O momento marcou o fim de um processo de reabilitação que durou aproximadamente três meses, conduzido pela Associação R3 Animal.

Reabilitação e soltura das aves

As aves marinhas haviam sido resgatadas em situação de vulnerabilidade, apresentando sinais de debilidade, e receberam todos os cuidados necessários até serem consideradas aptas para o retorno ao seu habitat natural. A soltura deste grupo representa um marco importante: este foi o terceiro e último grupo de pinguins resgatados em Santa Catarina a ser devolvido ao mar em 2025.

A parceria entre a R3 Animal e o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) foi fundamental para o sucesso da operação. Nesta temporada, as instituições conseguiram reabilitar e reintegrar à natureza um total de 38 pinguins-de-magalhães.

A jornada desafiadora dos pinguins

O pinguim-de-magalhães, cujo nome científico é Spheniscus magellanicus, é um visitante sazonal da costa catarinense. Durante os meses mais frios, entre junho e setembro, eles deixam as colônias reprodutivas localizadas na Patagônia Argentina em busca de águas mais quentes e com maior disponibilidade de alimento.

Contudo, essa longa migração é repleta de perigos. Muitos indivíduos, especialmente os juvenis e inexperientes que estão realizando sua primeira viagem, não conseguem completar o trajeto. Eles acabam encalhando nas praias brasileiras em condições críticas, frequentemente com sinais de exaustão, hipotermia e afogamento.

Números da temporada 2025 em Florianópolis

Os dados coletados pelo PMP-BS/R3 Animal revelam a dimensão do fenômeno migratório e dos desafios enfrentados pela espécie. Somente em Florianópolis, na temporada de 2025, foram registrados 2.715 pinguins-de-magalhães, incluindo animais vivos e mortos.

Desse total, um número considerado dentro da normalidade pelos especialistas, 118 pinguins foram encontrados com vida no momento do resgate e imediatamente encaminhados para tratamento. O trabalho de reabilitação permitiu que uma parte significativa desses animais, como os treze soltos nesta sexta-feira, tivesse uma segunda chance.

A soltura na Praia do Moçambique encerra mais um capítulo dos esforços de conservação na região, destacando a importância do monitoramento contínuo das praias e do trabalho dedicado das equipes de resgate e veterinários para a preservação da fauna marinha.