
Imagine a cena: uma propriedade rural, aparentemente tranquila no município de Itacarambi, no Norte de Minas. Mas a realidade, descoberta na tarde de quarta-feira (20), era outra — bem mais sombria e surpreendente. Tudo começou com uma ponta, uma daquelas denúncias anônimas que às vezes mudam o jogo.
Os PMs do 10º BPM foram lá checar. E o que encontraram não era apenas mais um ponto de venda de entorpecentes. Era um pacote completo de ilegalidades. Dentro da casa, a primeira vista: 17 buchas de maconha, prontinhas para o mercado negro. Não parou por aí.
Na varada, a coisa ficou séria. Uma espingarda calibre 20, daquelas que não deixam dúvida sobre as intenções. E uma pistola de pressão, que muita gente subestima, mas que pode causar estragos enormes. Para completar o arsenal, 17 munições intactas, esperando para ser utilizadas.
Mas o que realmente chocou até os policiais mais experientes — e é isso que torna o caso bizarro — foi descoberto em um freezer. Não era carne bovina ou frango. Eram duas capivaras inteiras, já abatidas, e mais cortes de outra, tudo congelado e, claramente, destinado a virar comida. Um verdadeiro crime ambiental congelado a -20°C.
Dois homens, de 22 e 23 anos, estavam no local. A explicação? Improvável. Alegaram que as capivaras foram encontradas já mortas. Só que a perícia vai contar outra história, tenho certeza. E as armas? Bom, aí a desculpa fica ainda mais fraca. Form presos na hora, sem direito a conversa fiada.
O delegado plantonista já tem o caso em mãos. Os crimes são dos mais graves: posse de drogas, porte ilegal de arma de fogo (e isso é cana certa, gente) e, claro, caça e abate de animal silvestre, protegido por lei. A lista de acusações é longa.
O pior de tudo? Isso não é um caso isolado. Mostra uma teia de crimes que vai do tráfico ao ambiental, tudo misturado. Itacarambi, uma cidade geralmente pacata, vê um esquema desses ser desmontado. Resta saber quantos outros ainda operam por aí, né? A PM pede: se souber de algo, denuncie. Funciona.